Caso ocorreu na noite de quarta-feira (20), no bairro Cidade Nova. Identidade dos PMs e o que eles faziam no local ainda não foram confirmadas
A morte do cachorro caramelo, de apenas seis meses de idade, conhecido como Beethoven na noite de quarta-feira (20) revoltou a população manauara. O caso aconteceu durante uma ação policial na rua 22, conjunto Boas Novas, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.
De acordo com relatos de moradores, dois policiais, que não foram identificados, estavam realizando patrulhamento na via e, durante uma confusão generalizada, um disparo foi realizado em direção a Beethoven, causando a morte do animal na mesma hora, sem tempo para prestar socorros.
A equipe de reportagem de A CRÍTICA foi até o local da morte do animal, e conseguiu constatar que as marcas de sangue ainda podem ser vistas na rua.
A dona do animal não estava no local, mas os moradores, que não quiseram ceder entrevista, comentaram que o animal era manso, brincalhão e bastante querido pela comunidade.
A deputada estadual Joana Darc, presidente da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam), também esteve presente no local do crime após receber a denúncia de moradores.“Tenho certeza que o Bethoven não merecia um tiro na cabeça, até porque ele não tentou atacar ninguém, não cometeu nenhum ato criminoso. E, se por um acaso, em uma remota hipótese, o cão fosse atacar algum policial ou alguém, naquele momento, teria como repelir a agressão sem ser com um tiro mortal e fatal na cabeça do animal”, disse a parlamentar.
Investigação
O corpo de Beethoven foi removido por veterinários da Comissão de Proteção aos Animais da Aleam, para necropsia.
A Comissão encaminhou ofício para o corregedor-geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, Coronel PM Franciney Bó, solicitando a instauração de sindicância/processo administrativo disciplinar para investigar a conduta do policial militar.
A reportagem solicitou nota da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) a respeito do ocorrido e aguarda o posicionamento. Já o Ministério Público se posicionou sobre o caso e disse que foi determinada a autuação de Notícia de Fato para apurar os fatos, à luz do devido processo legal e do princípio da presunção de inocência, assegurando o contraditório e a ampla defesa a todos os envolvidos.”O Ministério Público do Estado do Amazonas não medirá esforços para apurar os fatos em sua totalidade, cumprindo a missão delegada pela Constituição da República Federativa do Brasil”, finaliza a nota.
Descubra mais sobre Manaustime
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.