A rodovia é a única conexão terrestre da capital do Amazonas com o restante do país.

O Ministério dos Transportes, liderado por Renan Filho, anunciou nesta sexta-feira (17) a criação de um grupo de trabalho para discutir soluções de infraestrutura e sustentabilidade da BR-319. A rodovia, que possui cerca de 918 km, é uma importante via de ligação entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO), sendo a única conexão terrestre da capital do Amazonas com o restante do país.

Apesar de sua importância estratégica, a BR-319 enfrenta uma série de problemas de infraestrutura. Grande parte da rodovia, especialmente nos trechos do meio, não possui pavimentação, o que dificulta o transporte na região, principalmente durante períodos de chuvas intensas, quando os trechos de terra se transformam em lama. Essas condições precárias comprometem a eficiência e a segurança viária da rodovia.

Diante dos desafios enfrentados pela BR-319, o governo federal decidiu criar um grupo de trabalho para discutir a infraestrutura e sustentabilidade da rodovia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e tem como objetivo identificar os problemas existentes e propor medidas para aprimorar a BR-319.

“Vamos nos debruçar sobre esse trabalho, avaliar as melhores práticas, avaliar tudo aquilo que, de uma maneira ou de outra, pode colaborar com a definição de uma estratégia”, afirmou o subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides, por meio de nota.

O grupo de trabalho será composto por integrantes de secretarias executivas do Ministério dos Transportes, do Departamento de Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Infra S.A. A equipe se reunirá a cada 20 dias para discutir a situação atual da BR-319, analisar estudos técnicos e científicos, acompanhar o licenciamento ambiental da rodovia e propor medidas para melhorar a infraestrutura, com foco na sustentabilidade, segurança viária e mitigação de impactos ambientais e de mudanças climáticas.

Um dos principais objetivos do grupo de trabalho é realizar um levantamento sobre a situação atual da BR-319, com foco na identificação de desafios para a otimização rodoviária. Será realizada uma análise detalhada dos trechos não pavimentados e das condições meteorológicas que impactam negativamente a rodovia, visando encontrar soluções que melhorem a qualidade e a eficiência do transporte na região.

Além disso, o grupo de trabalho irá analisar estudos técnicos, científicos, projetos e relatórios produzidos por outros grupos que já tenham tratado do tema, buscando aproveitar o conhecimento já existente e evitar a duplicação de esforços. Essa abordagem baseada em evidências e experiências anteriores contribuirá para a formulação de propostas mais efetivas e sustentáveis para a melhoria da infraestrutura da BR-319.

Outra importante atribuição do grupo de trabalho é acompanhar o licenciamento ambiental da BR-319. A rodovia atravessa a floresta amazônica, uma região de extrema relevância para a conservação da biodiversidade e para o equilíbrio climático global. Portanto, é fundamental que todas as ações tomadas em relação à infraestrutura da rodovia considerem a proteção do meio ambiente e a mitigação dos impactos ambientais e das mudanças climáticas.

O objetivo principal do grupo de trabalho é propor medidas para a melhoria da infraestrutura da BR-319, levando em consideração a sustentabilidade, a segurança viária e a mitigação de impactos ambientais e das mudanças do clima. Essa abordagem integrada visa garantir o desenvolvimento sustentável da região, promovendo o crescimento econômico e social, sem comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das comunidades locais.

A criação do grupo de trabalho é um avanço significativo na busca por soluções para a infraestrutura e sustentabilidade da BR-319. Com a expertise das secretarias executivas do Ministério dos Transportes, do Dnit e da Infra S.A., espera-se que haja um planejamento mais eficiente e uma execução mais eficaz das obras necessárias para a pavimentação e aprimoramento da rodovia. Essas medidas são essenciais para garantir uma conexão terrestre segura e eficiente entre Manaus e o restante do país, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região amazônica e para a preservação ambiental.