Solicitação partiu da Advocacia-Geral da União (AGU) na última segunda-feira (18)

A Advocacia-Geral da União (AGU) deu 72 horas para a Meta excluir robôs de inteligência artificial que simulam a aparência infantil e realizam diálogos com conteúdo sexual. 

A solicitação foi enviada na última segunda-feira (18) e abrange as contas do Instagram, Facebook e WhatsApp da empresa. 

Além de solicitar a exclusão dos chatbots, a AGU cobra da Meta esclarecimentos sobre as medidas adotadas para impedir que crianças e adolescentes tenham acesso a conteúdos sexuais e eróticos.

No documento enviado ao Facebook e Instagram, a AGU informou que chatbots criados por meio da ferramenta Meta IA Studio promovem a erotização infantil.

O órgão também destacou que as plataformas da Meta podem ser acessadas por menores a partir dos 13 anos e não possuem mecanismos eficazes para verificar a idade de usuários entre 13 e 18 anos.

“Tais chatbots têm potencialidade de alcançar um público cada vez mais amplo nas plataformas digitais, especialmente nas redes sociais da Meta, ampliando de forma exponencial o risco do contato de menores de idade com material sexualmente sugestivo e potencialmente criminoso”, relata a AGU no ofício enviado à Meta.

Adultização

O debate sobre um ambiente seguro na internet para crianças e adolescentes vai ao Plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta semana, de acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). 

A proposta, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), já foi aprovada no Senado e chegou à Câmara em dezembro de 2024. 

O assunto voltou a ser foco depois que o influenciador e youtuber Felca divulgou um vídeo falando sobre a adultização nas redes sociais, denunciando alguns casos de pessoas que estão lucrando a partir da exposição de menores de idade na internet.