O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT), vice-presidente da Câmara dos Deputados no período de 2021 a 2022, foi alvo da “Abin Paralela” montada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Quando assumiu o cargo de vice-presidente da Câmara, Ramos era do PL, mas deixou o partido quando da filiação de Jair Bolsonaro, e passou a fazer oposição ao governo à época.
Segundo relatório da Polícia Federal, as investigações que resultaram na Operação Última Milha, apontam que Ramos foi vítima de “operações clandestinas” realizadas por arapongas que atuavam na inteligência do governo Bolsonaro.
Preso preventivamente nesta quinta-feira (11), Marcelo Bomevet, que chefiou o Centro de Inteligência Nacional da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), enviou mensagem a Giancarlos Rodrigues, também detido nesta quinta-feira.
“Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara. Outro vagabundo pra olhar com carinho”, escreveu Bomevet.
Giancarlos respondeu: “Vou dar a dia [dica] para o pessoal lá do grupo. Kkkkk”. As mensagens foram trocadas em julho de 2021.
Em nota, Marcelo Ramos afirma que seu incômodo “é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais”.
O ex-deputado e atual pré-candidato a prefeito de Manaus pelo PT afirma que “eles não aprenderam a conviver com as diferenças naturais do debate político”, e completou: “Daqui por diante esse não é um assunto da política, é um assunto da polícia. Que se faça justiça.”
Leia a íntegra da nota de Marcelo Ramos
Sobre as investigações acerca deste que seria um monitoramento clandestino de autoridades, o meu incômodo é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais. O ponto positivo é a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos. Quem faz o certo não teme monitoramentos. Só nunca podemos admitir ilegalidades. Estando ao lado da democracia e da missão pública encarada com lisura e coerência, mas com a combatividade necessária frente a posturas inaceitáveis, fui vítima de criminosos. Eles não aprenderam a conviver com as diferenças naturais do debate político. Daqui por diante esse não é um assunto da política, é um assunto da polícia. Que se faça justiça. Seguiremos na nossa luta também por justiça social e garantia de direitos.
*Com informações amazonasatual
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