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Manipulação na Série B: Tombense confirma rescisão de contrato com Joseph

Jogador é réu por suposta participação no esquema de apostas esportivas em que atletas teriam recebido dinheiro para cometerem pênaltis em partidas da segunda divisão nacional

O zagueiro Joseph não é mais jogador do Tombense. Réu pela suposta participação em esquema de manipulação de resultados para apostas esportivas, o jogador teve o vínculo rescindido pelo Gavião Carcará. A informação foi confirmada pelo presidente Lane Gaviolle.

De acordo com o dirigente, o distrato foi firmado em comum acordo, para que o jogador estivesse liberado para acompanhar o processo judicial.

A defesa do atleta confirmou a rescisão amigável do contrato e manifestaram indignação da acusação do zagueiro na participação no esquema.

O zagueiro está na mira das autoridades por ter cometido um pênalti na partida diante do Criciúma, pela última rodada da Série B em 2022, supostamente para cumprir um acordo que beneficiaria um grupo a acertar uma aposta esportiva.

As apostas eram casadas e era preciso que pênaltis fossem cometidos também nos primeiros tempos das partidas entre Sampaio Corrêa e Londrina e Vila Nova-GO e Sport.

Se isso acontecesse, os jogadores responsáveis por cometer as penalidades receberiam R$ 150 mil no total, sendo R$ 10 mil apenas por aceitar participar do suposto esquema e outros R$ 140 mil com o eventual acerto da aposta. A fezinha não deu certo, porque não houve penalidades nos primeiros tempos das três partidas

Joseph chegou ao Gavião Carcará em 2022 para a disputa da Serie B do Campeonato Brasileiro. Ao todo, ele atuou em 28 partidas e marcou um gol pelo Carcará, nas disputas da segunda divisão nacional e na elite do Campeonato Mineiro.

O atleta de 28 anos acumula passagens por Cruzeiro, Botafogo-SP, América-MG, Villa Nova-MG, Resende, entre outros clubes do futebol brasileiro.

Defesa

Por meio de nota, a defesa do jogador confirmou ao ge Zona da Mata que o atleta rescindiu o contrato de forma amigável. No entanto, alegou uma “imposição velada” do Tombense e informou que o atleta sempre este à disposição do clube. 

Leia a nota na íntegra.

NOTA À IMPRENSA

Diante da matéria publicada no GE na data de hoje dia 28/03/2023, dando conta que, o atleta JOSEPH MAURÍCIO DE OLIVEIRA FIGUEREDO, teve seu contrato de trabalho rescindido por comum acordo para que pudesse acompanhar o processo judicial, o atleta, por meio de seus defensores manifesta sua indignação quanto aos fatos a ele imputados.

Em tempo acrescenta que, de fato o contrato foi rescindido por comum acordo, mas não para que o Atleta pudesse acompanhar o processo, vez que já possui seus defensores para tanto, mas sim, por um imposição velada do clube, vez que, desde a publicação quanto aos nomes dos atletas que estão sendo procurado pelo GAECO, por meio de investigação, o Tombense de forma unilateral, afastou o atleta de suas atividades desportivas não restando alternativa ao atleta senão buscar a rescisão amigável de modo a alcançar outra oportunidade de emprego para sua própria subsistência de seus familiares.

Não sendo demais a defesa do atleta Joseph, salientar por fim que, o atleta investigado sempre esteve à disposição do Tombense para retornar as atividades, vez que não há nada que o desabonasse para tanto, bem como, que, o processo segue em segredo de justiça não havendo qualquer informação que possa ser publicada ou que impeça o atleta de exercer a sua profissão.

Entenda o caso

Oito jogadores foram denunciados pelo Ministério Público (MP-GO) por envolvimento no suposto esquema de manipulação de resultados na Série B, investigado pela operação “Penalidade Máxima”. A denúncia foi recebida e aceita pela Justiça, e os atletas a seguir se tornaram réus.

  • Romario (ex-Vila Nova)
  • Joseph (ex-Tombense)
  • Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá)
  • Gabriel Domingos (Vila Nova)
  • Allan Godói (Sampaio Corrêa)
  • André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano)
  • Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Irã)
  • Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR)

Todos eles são denunciados pelo crime de corrupção em competições esportivas. A pena prevê reclusão de dois a seis anos e multa.

O MP-GO também denuncia seis pessoas que não são jogadores e que estariam envolvidas no “núcleo de apostadores”, cujo aliciador seria o empresário Bruno Lopez de Moura. São elas: Cammila Silva da MottaZildo Peixoto Neto, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro e Victor Yamasaki Fernandes.0

Bruno Lopez (esq.) foi preso em fevereiro, em São Paulo, mas conseguiu habeas corpus — Foto: Reprodução
Bruno Lopez (esq.) foi preso em fevereiro, em São Paulo, mas conseguiu habeas corpus — Foto: Reprodução

Segundo o MP, que deflagrou a operação em 14 de fevereiro, há indícios de que o grupo atuou em pelo menos três jogos da Série B no final de 2022: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina, todos pela rodada final da competição. Os investigados teriam movimentando mais de R$ 600 mil.

A investigação apontou que o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras práticas. Em troca, os jogadores receberiam parte dos prêmios de apostas vencedoras.

*Com informações menezesvirtualeye


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