Exigências foram rejeitadas por Washington, que manteve apenas a oferta de saída segura ao líder venezuelano.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou uma série de exigências ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como condição para deixar o poder. As informações foram reveladas por fontes ouvidas por agências internacionais. A conversa entre os líderes ocorreu em 21 de novembro, em meio ao aumento da pressão militar e diplomática dos Estados Unidos sobre a Venezuela, que já enfrenta 22 semanas de confrontos retóricos, sanções ampliadas e movimentações de tropas no Caribe.

Trump confirmou o telefonema, mas não detalhou o teor da conversa. Segundo fontes da Reuters, o presidente norte-americano ofereceu salvo-conduto para que Maduro deixasse o país com a família. O venezuelano afirmou estar disposto a sair, desde que uma lista extensa de condições fosse aceita — o que foi rejeitado quase integralmente por Washington.

Entre as exigências estavam anistia legal total, cancelamento de todas as sanções, encerramento do processo no Tribunal Penal Internacional e a retirada das punições contra mais de 100 autoridades venezuelanas. Maduro também propôs que a vice-presidente Delcy Rodríguez assumisse um governo interino, proposta considerada inaceitável pela Casa Branca.

Trump manteve apenas a oferta de saída segura e impôs prazo de uma semana para a partida, que expirou sem qualquer movimentação. No dia seguinte, os EUA decretaram o fechamento do espaço aéreo venezuelano. O impasse avança enquanto 15 mil soldados norte-americanos e o maior porta-aviões do mundo são deslocados para a região, oficialmente em campanha antidrogas. Em discurso, Maduro classificou as ações como “terrorismo psicológico”, reafirmou desejar “paz com soberania” e negou que deixará o país sob pressão externa.