Venezuela realiza eleição na região disputada e intensifica tensão diplomática com Guiana.
Neste domingo (25/5), Nicolás Maduro declarou que o presidente da Guiana, Irfaan Ali, inevitavelmente terá que sentar-se para negociar a soberania do território de Essequibo, atualmente reivindicado pela Venezuela. A afirmação foi feita após Maduro participar das eleições regionais realizadas no país.
Pela primeira vez, a Venezuela organizou uma eleição na região de Essequibo, que integra oficialmente a Guiana, mas é alvo de reivindicação venezuelana. O pleito ocorre um ano após Maduro sancionar a “Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo”, que incorpora a área como uma província venezuelana.
A votação é marcada por controvérsias, já que a oposição venezuelana decidiu boicotar o processo, denunciando interferência do governo e prisões arbitrárias de seus membros. Os eleitores escolheram governadores e parlamentares, mas a expectativa é que Maduro saia fortalecido.
O presidente guianense, Irfaan Ali, classificou a eleição promovida pela Venezuela como uma “ameaça direta” à soberania de seu país.
Na última sexta-feira (23/5), o líder oposicionista Juan Pablo Guanipa foi preso sob acusações de liderar uma rede terrorista para sabotar as eleições regionais. Guanipa é aliado da líder opositora María Corina Machado, que apoiou o candidato Edmundo González no pleito presidencial do ano passado, contestado internacionalmente.
Maduro, que assumiu o poder após a morte de Hugo Chávez em 2013, mantém controle firme do governo, mesmo após denúncias de autoritarismo e repressão contra opositores.
Fonte ampost
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