Um grupo de 20 passageiros viveu um pesadelo ao ter sua lancha sequestrada por piratas no Pará. Abandonados em uma ilha deserta
Os 20 passageiros de uma lancha sequestrada por piratas no Pará enfrentaram momentos de medo e incerteza. Por quase 20 horas, eles ficaram abandonados em uma ilha deserta, sem comida e sem água, contando apenas com um lençol, um isqueiro e um jaleco. O incidente ocorreu na segunda-feira, 19 de agosto, transformando uma viagem tranquila em um pesadelo.
A lancha Expresso Fonseca partiu de Gurupá, no arquipélago do Marajó, com destino a Porto de Moz, no oeste do Pará. A viagem, que deveria durar cerca de duas horas, foi interrompida meia hora após o início, próximo à comunidade ribeirinha do Tapará, onde três homens, que se passavam por passageiros, anunciaram o assalto e sequestraram a embarcação.
A Polícia Civil do Pará, com o apoio da Polícia Civil do Amapá, está investigando o caso. Ao todo, 23 pessoas estavam a bordo da lancha – 20 vítimas e três criminosos, já identificados. A embarcação foi encontrada na terça-feira, 20 de agosto, em Santana, no estado do Amapá, mas até o momento, ninguém foi preso.
No grupo de 20 passageiros, havia uma criança de aproximadamente quatro anos que recebeu um pacote de biscoitos dos próprios criminosos antes de serem deixados na ilha deserta. Esse foi o único alimento disponível, consumido apenas pelo menino.
As vítimas foram abandonadas na praia da Ilha Grande, um local inabitado, o que tornou a situação ainda mais crítica. O grupo foi deixado no início da tarde e, à medida que a maré subia, tiveram que se deslocar para uma área mais elevada, em meio à vegetação.
De acordo com relatos dos passageiros, eles inicialmente tentaram permanecer na área da praia, mas com a proximidade da maré alta, foi necessário encontrar um lugar mais seguro. Utilizando um lençol, improvisaram um abrigo sobre folhas de palmeiras e, na tentativa de chamar a atenção de alguma embarcação, acenderam uma fogueira à noite.
Além disso, enfrentaram a ausência de recursos básicos, como água e alimentos, e precisaram improvisar para sobreviver. A dificuldade em buscar ajuda foi um dos maiores desafios para o grupo.
O resgate do grupo aconteceu graças à ação de um ribeirinho que recebeu um telefonema do irmão de uma das vítimas. Ele navegou até a ilha deserta com uma rabeta (pequena embarcação movida a motor). Ao avistarem o ribeirinho, os passageiros improvisaram uma bandeira com o jaleco de um médico, que estava entre eles, para chamar a atenção.
Para realizar o resgate, o ribeirinho precisou fazer duas viagens com a rabeta, permitindo que todas as vítimas fossem retiradas da ilha. Mulheres e crianças foram priorizadas, sendo resgatadas primeiro.
As autoridades continuam investigando o caso para prender os criminosos responsáveis pelo sequestro. A solidariedade e a rápida ação do ribeirinho foram cruciais para o resgate dos passageiros, que agora buscam superar o trauma do ocorrido.
Este incidente ressalta a importância de segurança e vigilância em viagens por regiões ribeirinhas, onde a ameaça de pirataria ainda é uma realidade preocupante. A coragem e resiliência demonstradas pelas vítimas são inspiradoras, mas o foco deve ser a prevenção de futuros incidentes semelhantes.
*Com informações oantagonista
Compartilhe:
- Clique para compartilhar no X(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Mastodon(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Reddit(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
Descubra mais sobre Manaustime
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.