Medida foi anunciada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) após a omissão de estabelecimentos que não responderam às notificações anteriores sobre casos de intoxicação
O Ministério da Justiça deu prazo de 24 horas para que bares suspeitos de vender bebidas adulteradas com metanol expliquem a origem e o armazenamento dos produtos. A medida foi anunciada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) após a omissão de estabelecimentos que não responderam às notificações anteriores sobre casos de intoxicação.
Um dos bares investigados, localizado no bairro dos Jardins, em São Paulo, foi interditado pela Vigilância Sanitária depois que uma mulher perdeu a visão após consumir duas caipirinhas no local. Segundo o ministério, a falta de esclarecimentos por parte do estabelecimento motivou a nova cobrança. Caso o prazo não seja cumprido, os responsáveis poderão responder a processo administrativo e sofrer multa, além de possível suspensão das atividades.
A capital paulista também instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Metanol na Câmara Municipal para apurar a venda de bebidas adulteradas. No entanto, apenas três dos sete vereadores compareceram presencialmente à primeira sessão, o que gerou críticas entre os parlamentares diante da gravidade do tema. De acordo com as autoridades de saúde, o Brasil já soma 57 casos confirmados de intoxicação por metanol e 19 em investigação. Seis mortes foram registradas no estado de São Paulo, que concentra o maior número de vítimas. Especialistas reforçam o alerta para que a população evite o consumo de destilados de origem duvidosa até que as investigações sejam concluídas.
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