País tem norma que impede a acusação de presidentes em exercício; o republicano irá assumir o cargo em janeiro de 2025

Nos Estados Unidos, um procurador especial do Departamento de Justiça está considerando a anulação de dois processos contra Donald Trump, eleito presidente na terça-feira 5, com base em uma norma que impede a acusação de presidentes em exercício.

Trump, condenado em um caso e aguardando sentença, é réu em outros três processos judiciais. O procurador Jack Smith, autor das denúncias, investiga se as alegações contra o republicano, que incluem a tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020 e a retenção de documentos confidenciais na Flórida, podem ser anuladas.

Smith busca assessoria legal para determinar a aplicabilidade dessas normas nos casos em questão. Apesar de enfrentar uma condenação por fraude contábil, onde foi considerado culpado por 34 acusações em maio, Trump afirma ser inocente.

Ele foi acusado de usar fundos de campanha para pagar a atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, com o objetivo de silenciar um suposto caso durante a eleição de 2016.

A probabilidade de Trump ser preso é considerada baixa por analistas devido à natureza dos crimes e à sua idade. A situação do republicano pode se agravar com o andamento de outros processos, incluindo supostas tentativas de influenciar o resultado eleitoral na Geórgia e suposto endosso à invasão do Capitólio em janeiro de 2021.

Acusações contra Trump

Uma das acusações alega que Trump teria pressionado o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger (Republicano-GA), para “encontrar” votos que revertessem sua derrota em 2020.

Além disso, Trump enfrenta acusações de crimes sexuais por 18 mulheres, incluindo três estupros, segundo a rede de TV ABC. Ele nega todas as acusações. Depois de deixar o tribunal, Trump criticou o juiz, afirmando que o julgamento foi manipulado.

Futuro do presidente

Nas eleições de 2024, o republicano obteve uma vitória política ao ser eleito no embate contra a vice-presidente Kamala Harris. Seu retorno ao poder foi confirmado depois de vencer no Estado de Wisconsin, alcançando os 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral.

O 47º presidente dos Estados Unidos assumirá em 20 de janeiro de 2025, marcando seu retorno à presidência depois de quatro anos fora do poder.

Durante a madrugada, antes de Kamala reconhecer a derrota, Trump discursou na Flórida, focando em temas como imigração ilegal e união nacional. Sua eleição é vista como um retorno da direita global.