Segundo Shellenberger, o material foi divulgado por meio de seu perfil oficial na plataforma X (antigo Twitter).
O jornalista norte-americano Michael Shellenberger revelou nesta segunda-feira (4) novos documentos classificados como parte dos chamados “Arquivos do 8 de Janeiro”, que apontam a existência de uma força-tarefa secreta e ilegal criada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com o objetivo de prender manifestantes pró-Bolsonaro com base em publicações nas redes sociais.
Segundo Shellenberger, o material foi divulgado por meio de seu perfil oficial na plataforma X (antigo Twitter), e levanta sérias suspeitas de abuso de poder, violações de garantias constitucionais e motivação política por parte do ministro.
🚨EXCLUSIVO: ARQUIVOS DE 8 DE JANEIRO
— Michael Shellenberger (@shellenberger) August 4, 2025
Novos arquivos vazados revelam que o Supremo Tribunal Federal brasileiro usou ilegalmente postagens de redes sociais para encarcerar manifestantes pró-Bolsonaro.
Em 8 de janeiro de 2023, centenas de apoiadores de @jairbolsonaro invadiram… pic.twitter.com/3QbIxN6umT
CONTEXTO:
— Michael Shellenberger (@shellenberger) August 4, 2025
No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que Bolsonaro usasse tornozeleira eletrônica e o proibiu de usar redes sociais e de se comunicar com outros investigados.
O Brasil agora enfrenta tarifas de 50% dos EUA, uma medida que entrará em vigor em 6 de… pic.twitter.com/T19qo4u571
“A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a LP (liberdade provisória) deles, mas o ministro não quer soltar sem antes a gente ver nas redes se tem alguma coisa.”
— Michael Shellenberger (@shellenberger) August 4, 2025
Nas semanas seguintes ao 8 de janeiro, centenas de detidos permaneceram na prisão — mesmo quando a… pic.twitter.com/YJOm3Wkvb7
Principais revelações dos documentos:
- Relatórios confidenciais eram trocados por WhatsApp entre os membros da força-tarefa;
- Postagens nas redes sociais foram utilizadas como “provas” para fundamentar prisões preventivas;
- Advogados de defesa foram impedidos de acessar as provas utilizadas contra seus clientes;
- Foram usados dados biométricos de maneira ilegal, sem autorização judicial adequada.
O conteúdo reforça denúncias já feitas por parlamentares da oposição e juristas sobre o uso do sistema judiciário para perseguir opositores do governo. A investigação indica que a estrutura teria sido articulada para manter a narrativa de tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 e atingir diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
As denúncias ocorrem em meio ao debate sobre o impeachment de Alexandre de Moraes, que já conta com o apoio formal de ao menos 34 senadores, segundo levantamento recente.
Até o momento, o STF não se pronunciou sobre as revelações de Shellenberger.
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