Torcedores e fãs da escola de samba criticaram a atitude, ressaltando a importância do mistério e da surpresa na apresentação dos desfiles.

A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, se envolveu em uma polêmica após uma visita aos barracões das escolas de samba Portela e Beija-Flor de Nilópolis, localizados na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O motivo da controvérsia foi uma postagem feita por sua equipe nas redes sociais, que revelou parte da águia, símbolo da Portela, antes do desfile oficial.

A visita aconteceu no período pré-carnavalesco, quando os preparativos para os desfiles estão em ritmo acelerado e as escolas mantêm sigilo sobre suas alegorias e fantasias. Durante o tour pelo barracão, Janja teve a oportunidade de conhecer de perto o trabalho artesanal que envolve a produção dos carros alegóricos e figurinos da agremiação.

No entanto, o vídeo compartilhado em suas redes sociais exibia detalhes da águia, um dos elementos mais aguardados pelo público no desfile da Sapucaí. A divulgação da imagem foi vista como um desrespeito a uma das regras tradicionais do Carnaval, que proíbe a exibição antecipada das alegorias.

A repercussão negativa foi imediata. Torcedores e fãs da escola de samba criticaram a atitude, ressaltando a importância do mistério e da surpresa na apresentação dos desfiles. Diante das críticas, o vídeo foi rapidamente apagado das redes sociais da primeira-dama.

Em nota oficial, a Portela reconheceu que a postagem foi um erro e reafirmou que a revelação antecipada da águia é algo que foge das tradições da escola. Contudo, a agremiação minimizou o impacto da divulgação, alegando que o trecho mostrado representava apenas uma pequena parte do que será apresentado no desfile.

Este ano, a Portela homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento, e os preparativos para a apresentação seguem a todo vapor. A expectativa é grande para a performance da escola, que trará elementos inspirados na carreira do artista e na cultura brasileira.

Apesar do incidente, a presença de Janja no barracão também foi vista como um reconhecimento da importância cultural das escolas de samba e do Carnaval como expressão da identidade nacional. O episódio reforça a relevância do sigilo e da tradição no evento, evidenciando a paixão e o envolvimento dos torcedores com as agremiações.