Em um movimento que marca uma nova e dramática escalada na guerra entre Israel e Irã, a Força Aérea Israelense (IAF) realizou nesta segunda-feira (16) uma série de bombardeios contra alvos estratégicos no coração de Teerã. Entre os locais atingidos está o edifício-sede da IRIB, a emissora estatal iraniana, que foi bombardeada durante uma transmissão ao vivo, deixando espectadores atônitos e provocando uma onda de pânico na capital persa.

De acordo com informações divulgadas pela emissora libanesa Al Mayadeen, há registros de mortos e feridos entre os funcionários da TV estatal, embora números oficiais ainda não tenham sido confirmados. O ataque ao prédio da IRIB representa mais do que um golpe físico: trata-se de uma ação calculada contra o aparato de propaganda do regime teocrático iraniano, que luta agora não apenas no front militar, mas também no campo simbólico da comunicação.

Guerra declarada

Os ataques fazem parte da Operação Leão Ascendente, lançada por Israel em 13 de junho de 2025. A operação foi precedida por meses de tensão e ações de espionagem conduzidas pelo Mossad, que incluiu ataques com drones autônomos contra lançadores de mísseis e instalações nucleares iranianas. Segundo fontes israelenses, a ofensiva atual visa “paralisar as capacidades militares e comunicacionais do regime iraniano”.

Outro alvo da noite foi o prédio do jornal Akharin Akhbar, próximo da liderança clerical e localizado no Setor 3 de Teerã, uma zona considerada estratégica para o governo. A região está sob ataque contínuo, e relatos indicam cortes de energia, bloqueios nas principais avenidas e a fuga em massa de civis.

Balanço parcial da destruição
Autoridades israelenses afirmam que até o momento mais de 200 alvos militares e científicos foram destruídos em território iraniano, incluindo depósitos de mísseis, centros de comando da Força Quds e instalações de pesquisa nuclear. Entre os mortos estão comandantes militares de alto escalão e cientistas envolvidos no programa atômico iraniano.

Como resposta, Teerã ativou a Operação Verdadeira Promessa III, lançando uma chuva de mísseis balísticos e drones contra cidades israelenses. O saldo preliminar aponta para mais de 20 mortos em Israel e centenas de feridos, embora Tel Aviv afirme que entre 80% e 90% dos projéteis iranianos foram interceptados por seus sistemas de defesa, como o Domo de Ferro e a nova rede de laser de alta precisão.

Caos generalizado em Teerã

Com a capital parcialmente sitiada, o regime iraniano enfrenta uma crise interna sem precedentes. A interrupção forçada da TV estatal durante uma transmissão ao vivo provocou uma onda de incerteza e medo entre os iranianos, que enfrentam também apagões, escassez de informações e dificuldades para se locomover.

Fontes internacionais alertam para o risco de uma grave crise humanitária, à medida que milhares de civis abandonam a cidade e hospitais superlotados tentam lidar com a chegada de feridos em meio à escassez de recursos.

Apesar dos apelos da comunidade internacional por um cessar-fogo imediato, Israel mantém a ofensiva, alegando estar próximo de desarticular completamente o arsenal estratégico do Irã. Fontes militares israelenses afirmam que um terço dos mísseis iranianos já foi destruído e que a IAF mantém controle aéreo total sobre Teerã.

A guerra entre os dois países, por anos travada nos bastidores e por meio de proxies, entrou agora em uma fase de confronto direto, massivo e com consequências regionais imprevisíveis. O Oriente Médio, mais uma vez, encontra-se à beira de uma conflagração total.