Esta ação militar acentua a já elevada tensão no Oriente Médio.

Na madrugada desta terça, 1º, um bombardeio promovido pelas forças de Israel atingiu os subúrbios do sul de Beirute, Líbano. O ataque resultou na morte de quatro pessoas, incluindo uma mulher, e feriu outras sete. Este incidente ocorre em um período em que o frágil cessar-fogo de quatro meses entre Israel e o grupo Hezbollah estava apenas sendo testado.

Contexto do Bombardeio

O bombardeio, que não foi precedido de aviso, ocorreu durante as celebrações do Eid al-Fitr, marcando o fim do Ramadã. A iniciativa militar israelense visava Hassan Bdeir, um membro da milícia do Hezbollah e também parte da Força Quds do Irã, segundo autoridades de Israel. Bdeir, apontado como envolvido na planificação de um iminente ataque terrorista significativo contra civis israelenses, foi morto na ofensiva.

Repercussões e Testemunhos

Um fotógrafo presente no local relatou à AFP que os dois últimos andares de um prédio foram destruídos, e um jornalista da Reuters observou ambulâncias e famílias fugindo da região. Esta ação militar acentua a já elevada tensão no Oriente Médio, evidenciada por recentes bombardeios em Gaza e ataques contra houthis no Iêmen pelos Estados Unidos.

Cenário de Instabilidade

Com o ressurgimento de ofensivas em Beirute desde o final de março, a região enfrenta um clima de instabilidade crescente. O recente bombardeio é diferente dos anteriores, onde houve avisos prévios, permitindo a evacuação dos moradores. A continuidade dos ataques pode potencialmente reacender o conflito latente entre Hezbollah e Israel, que no passado já deslocou mais de um milhão de pessoas e causou a morte de milhares.

Reações Políticas

Ibrahim Moussawi, parlamentar do Hezbollah, expressou que o ataque representa uma “agressão grave e severa”, escalando significantemente a situação. O presidente do Líbano, Joseph Aoun, e o primeiro-ministro, Nawaf Salam, condenaram enfaticamente o ataque, destacando-o como uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Ambos apelam para uma diplomacia intensificada em busca de soluções e manutenção da soberania do Líbano.