segunda-feira, 30 de junho de 2025
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Israel ataca usina nuclear de Fordow após bombardeio dos EUA; veja video

Israel
Foto reprodução

No décimo dia da guerra entre Israel e Irã, a escalada do conflito atingiu um novo patamar. Nesta segunda-feira (23), Israel confirmou que realizou bombardeios contra a instalação nuclear subterrânea de Fordow, uma das mais protegidas e estratégicas do programa nuclear iraniano, situada na província de Qom. O ataque ocorre dias após os Estados Unidos também alvejarem o complexo, intensificando uma coalizão bélica que preocupa a comunidade internacional.

Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), os ataques visaram rotas de acesso à usina de Fordow e buscaram dificultar operações subterrâneas iranianas. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país está empregando “força sem precedentes” para atingir alvos críticos da estrutura militar e nuclear iraniana, inclusive “órgãos de repressão governamental no coração de Teerã”.

Instalações nucleares na mira

O complexo de Fordow é considerado um dos pontos mais sensíveis do programa atômico iraniano, justamente por sua localização subterrânea, protegida contra ataques convencionais. Apenas os EUA possuem armamento capaz de penetrar bunkers tão profundos — o que explica, segundo fontes israelenses, a necessidade de envolvimento direto de Washington nos ataques.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), por meio do diretor Rafael Grossi, disse que os ataques norte-americanos durante o fim de semana causaram “danos significativos” em Fordow, mas admitiu que a real extensão só poderá ser avaliada quando for possível inspecionar o interior da instalação.

Alvos militares e aeroportos bombardeados

Além de Fordow, Israel também atacou seis aeroportos militares iranianos em diferentes regiões do país nesta segunda. De acordo com as FDI, foram destruídos hangares subterrâneos, aeronaves de reabastecimento e jatos de combate, incluindo modelos F-14, F-5 e helicópteros AH-1. Os bombardeios fazem parte da estratégia de Israel para “enfraquecer a força aérea do Irã e dominar o espaço aéreo da região”.

Fontes do The Jerusalem Post relatam que mais de 15 caças israelenses também atingiram bases de mísseis em Kermanshah, oeste do Irã, local considerado estratégico pelo regime iraniano para ataques futuros.

Reações e retaliações

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou os ataques como “um crime sionista” e prometeu retaliação severa. Ainda neste domingo (22), o governo iraniano reafirmou seu compromisso com o programa de enriquecimento de urânio e afirmou que continuará as atividades nucleares “com ou sem supervisão internacional”.

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os bombardeios como “infundados” e afirmou que a Rússia está pronta para apoiar o Irã “em defesa da soberania nacional”. Já os EUA, apesar das divergências internas, seguem ao lado de Israel. O presidente Donald Trump declarou que “o Irã estava muito próximo de ter a bomba” e sugeriu que mudanças no regime de Teerã estão nos planos da Casa Branca.

Petróleo dispara após ameaça de bloqueio do Estreito de Ormuz

No front econômico, a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 20% do petróleo comercializado mundialmente — provocou uma disparada no preço da commodity. O barril do petróleo tipo Brent ultrapassou os US$ 81,40, e as bolsas asiáticas operaram em forte queda durante a madrugada.

O Parlamento iraniano aprovou a resolução pelo fechamento do estreito, mas a medida ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo próprio Khamenei. Especialistas temem que a concretização dessa medida possa desestabilizar ainda mais a economia global.

Comunidade internacional tenta frear conflito

A AIEA convocou uma reunião de emergência em Viena nesta segunda, enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reuniu, mas não chegou a um consenso sobre uma resolução que pedisse o cessar-fogo imediato. A Espanha anunciou que pedirá à União Europeia o embargo de armas a Israel e sanções econômicas contra o governo de Tel Aviv.

Informações de inteligência e dossiê nuclear

Fontes israelenses alegam que o Irã acelerou o desenvolvimento de uma bomba atômica. Segundo um dossiê obtido por aliados ocidentais, cientistas iranianos teriam acumulado material nuclear em quantidade e pureza não declaradas à AIEA, além de planejarem acoplar ogivas nucleares a mísseis balísticos. Israel acredita que essa movimentação configurou um “ponto sem retorno”, justificando sua decisão de iniciar a guerra em 13 de junho.

No entanto, há ceticismo por parte da comunidade de inteligência americana. A própria diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, disse em março que não havia evidência de que o Irã estivesse desenvolvendo uma arma nuclear. Mesmo assim, as recentes movimentações parecem ter convencido o governo Trump do contrário.

Um conflito com impacto global

A guerra, que começou com ataques israelenses a instalações nucleares e militares iranianas, já deixou centenas de mortos e milhares de feridos em ambos os lados. A ameaça nuclear, o impacto nos mercados globais de energia e a possibilidade de envolvimento de outras potências tornam este o conflito mais perigoso da década.

Com o Oriente Médio à beira de um colapso total e o mundo atento à escalada militar, resta à diplomacia internacional a difícil missão de evitar um desastre irreversível.


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