A guerra entre Israel e Irã entrou em rota de colisão total. Horas após a Força Aérea Israelense bombardear a sede da emissora estatal IRIB durante uma transmissão ao vivo em Teerã, o Irã contra-atacou com uma mensagem direta, pública e ameaçadora. Por meio do perfil oficial @iraninarabic_ir, da Agência de Notícias da República Islâmica no Mundo Árabe — licenciada pelo Ministério da Cultura iraniano — o regime enviou uma carta de advertência aos israelenses, exigindo a evacuação imediata de dois canais de TV: o N12 (Canal 12) e o Now14 (Canal 14).

“Evacuem imediatamente as sedes do N12 e do Now14”, publicou o perfil iraniano em árabe, sinalizando que os veículos de comunicação podem se tornar alvos nas próximas horas.
A publicação veio na esteira do devastador ataque israelense ocorrido nesta segunda-feira (16), quando caças da IAF atingiram diretamente o edifício-sede da IRIB, a principal emissora estatal iraniana, durante uma transmissão ao vivo. O vídeo da apresentadora sendo interrompida por uma explosão ganhou as redes sociais e chocou o mundo, simbolizando a destruição do sistema de propaganda do regime de Teerã.
Guerra declarada, comunicações sob ataque
Além da IRIB, o ataque também atingiu o prédio do jornal Akharin Akhbar, aliado da liderança clerical iraniana. Toda a região do Setor 3 da capital foi bombardeada, deixando ruas bloqueadas, apagões elétricos e provocando uma fuga em massa da população civil.
Israel confirmou que a ofensiva faz parte da chamada Operação Leão Ascendente, iniciada em 13 de junho. O objetivo, segundo o governo de Benjamin Netanyahu, é “paralisar as capacidades militares e comunicacionais” do Irã. As forças israelenses dizem já ter destruído mais de 200 alvos militares e científicos, incluindo depósitos de mísseis e centros da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana.
Irã responde com mísseis — e ameaças
Em retaliação, o Irã ativou a Operação Verdadeira Promessa III, disparando centenas de mísseis balísticos e drones contra cidades israelenses. Mais de 20 pessoas morreram em Israel e centenas estão feridas, segundo dados preliminares. Tel Aviv afirma ter interceptado até 90% dos ataques com o uso do Domo de Ferro e novas tecnologias de defesa a laser.
Agora, com a ameaça direta a meios de comunicação israelenses, o conflito ganha uma nova dimensão, envolvendo não apenas alvos militares, mas também símbolos de informação e influência pública.
Oriente Médio à beira do colapso
A capital iraniana, Teerã, enfrenta um cenário de caos absoluto. Com o sistema de energia comprometido, hospitais superlotados e falta de comunicação oficial, cresce o temor de uma crise humanitária em larga escala. Fontes diplomáticas tentam intermediar um cessar-fogo, mas Israel sinaliza que não vai recuar até neutralizar por completo a capacidade ofensiva do Irã.
Com a guerra deixando de ser indireta e assumindo proporções diretas, públicas e de alto impacto, o Oriente Médio caminha para uma possível conflagração regional, com consequências ainda imprevisíveis para o mundo inteiro.
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