sábado, 31 de maio de 2025
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Idoso de 73 anos condenado por Alexandre de Moraes a 13 anos consegue prisão domiciliar

Alexandre de Moraes
Foto reprodução

Miguel Cândido da Silva, de 73 anos, conseguiu autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para cumprir pena em prisão domiciliar. O idoso foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por participação nos protestos anti-Lula do dia 8 de janeiro de 2023.

Na decisão, Moraes levou em conta um relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que alertou para a gravidade de problemas de saúde do idoso. Miguel Cândido apresenta comorbidades em decorrência de uma hérnia inguinal bilateral.

“No caso, a situação de saúde do sentenciado Miguel Cândido da Silva configura importante situação superveniente a autorizar a excepcional concessão de prisão domiciliar humanitária”, diz um trecho da decisão de Moraes publicada na sexta-feira (25).

O idoso foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Miguel Cândido passará para a prisão domiciliar mediante o cumprimento das seguintes medidas cautelares:

  • Uso de tornozeleira eletrônica de monitoramento;
  • Proibição de utilização de redes sociais, inclusive por meio de terceiros;
  • Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio;
  • Proibição de concessão de entrevistas a qualquer meio de comunicação, incluindo jornais, revistas, portais de notícias, sites, blogs, podcasts e outros, sejam eles nacionais ou internacionais, salvo expressa autorização do STF e;
  • Proibição de visitas, salvo de seus advogados e de seus irmãos, filhos e netos, além de outras pessoas previamente autorizadas pelo STF.

“Violações de direitos humanos”

O nome de Miguel Cândido da Silva consta em uma lista enviada pela Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro (Asfav) ao líder a oposição na Câmara, o deputado Luciano Zucco (PL-RS), com casos de presos do 8/1 cujas situações representam “graves violações de direitos humanos”.

A lista foi, posteriormente, incluída em um ofício enviado pelo deputado a Moraes pedindo que o magistrado aplicasse o entendimento do caso Débora Rodrigues aos casos dos demais presos pelos atos do 8 de janeiro.

A cabeleireira Débora Rodrigues virou ré por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na Estátua do STF durante os atos de 8 de janeiro de 2023. No fim de março, Moraes autorizou a ida de Débora para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Débora a 14 anos de prisão.

No ofício a Moraes, Zucco também lembrou do caso do pequeno empresário Cleriston Pereira, que sofreu um mal súbito durante o banho de sol na Papuda depois de ter diversos apelos da defesa e laudos médicos ignorados pelo ministro.


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