A mulher foi encontrada em condição deplorável, sem acesso a cuidados básicos, sem alimentação e vivendo em um ambiente insalubre e sufocante.
A cidade de Goiânia foi palco de uma tragédia que ganhou atenção nacional após a morte de uma idosa de 73 anos, resgatada em um estado crítico após passar mais de cinco dias sem comida. A mulher, que foi encontrada no dia 28 de janeiro, estava em uma condição deplorável, sem acesso a cuidados básicos, sem alimentação e vivendo em um ambiente insalubre e sufocante, o que gerou comoção e revolta na comunidade local. A idosa morreu na noite de 12 de fevereiro, após receber alta médica de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Polícia Civil, que investiga o caso, lamentou a morte da mulher e anunciou que o filho dela, responsável por sua custódia, é investigado por maus-tratos, abandono, exploração financeira e, agora, homicídio. O homem, que foi inicialmente preso, obteve liberdade após uma audiência de custódia na Justiça de Goiás, o que gerou críticas pela decisão judicial. Ele já era suspeito de ter negligenciado os cuidados com sua mãe, deixando-a em uma situação de extrema vulnerabilidade.
A Polícia Civil divulgou um vídeo com imagens do resgate da idosa, onde ela aparece deitada em uma cama, visivelmente debilitada. Durante o atendimento médico, os profissionais encontraram a mulher em estado grave, sem alimentação e com sinais claros de sofrimento extremo. Ela foi imediatamente internada na UTI, mas após alguns dias de tratamento, teve alta e retornou à residência onde foi encontrada, sendo novamente cuidada pelo filho. Em apenas dois dias, a idosa faleceu.
A situação foi inicialmente descoberta após uma denúncia anônima de vizinhos, que alertaram a polícia sobre o estado de saúde da idosa e a falta de respostas aos chamados. Ao arrombarem a porta da residência, os policiais encontraram um cenário desolador. A mulher estava cercada por sujeira, sem acesso a água potável, sem higiene pessoal e em um ambiente com forte odor de decomposição. A residência também carecia de ventilação e iluminação adequadas, o que piorava a já frágil condição de saúde da idosa.
De acordo com o delegado Alexandre Bruno, responsável pelas investigações, a mulher estava em um estado de “quase cadavérico”, descrito como “verdadeiramente em pele e osso”. O delegado ainda afirmou que o filho da idosa empregava tortura emocional e física, deixando-a exposta a uma forma de sofrimento extremo, o que levou à deterioração acelerada de sua saúde. Além disso, a polícia investiga a exploração financeira, pois o filho da vítima usava o cartão de proventos da mãe para benefício próprio, negligenciando completamente as necessidades básicas dela.
O caso tem gerado indignação na sociedade e levado à reflexão sobre os cuidados com idosos e o abuso de pessoas vulneráveis. Em muitos casos, familiares, que deveriam proporcionar proteção e cuidado, acabam sendo os responsáveis por causar sofrimento e até mesmo pela morte de seus entes queridos. O fato de o filho da idosa ter sido solto pela Justiça durante a audiência de custódia, sem medidas mais rigorosas, também gerou questionamentos sobre o sistema judiciário e a proteção aos direitos de pessoas idosas.
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