A análise do pedido da Petrobras para o licenciamento ainda não foi finalizada.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse que possivelmente no começo de 2024 haverá uma resposta sobre os estudos relativos à exploração de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial na bacia da Foz do Amazonas. Segundo ele, até agora, a análise do pedido da estatal para a permissão ainda não foi finalizada.
“A gente está analisando, não tem ainda uma conclusão. A equipe concluiu agora vários processos de licenciamento, a maior parte deles da Petrobras”, afirmou Agostinho em declaração à imprensa nesta quarta-feira, 22, no Palácio do Planalto. “O Ibama está fazendo um trabalho prioritário em relação a isso e, provavelmente, no começo do ano, a gente tem alguma resposta relacionada a este pedido específico, que é o lote 059, localizado na região conhecida como Foz do Amazonas.”
Em maio, o Ibama rejeitou a autorização para a perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas pela Petrobras. O órgão citou, entre outros pontos, a necessidade da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar. No entanto, o Ministério de Minas e Energia discordou da avaliação e requisitou o parecer técnico da Advocacia-Geral da União (AGU).
As declarações de Agostinho vieram após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para abordar os biomas do Brasil nesta quarta-feira, 22, no Palácio do Planalto. Participaram também da reunião a ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, e representantes de todos os biomas nacionais.
De acordo com a ministra, o encontro ocorreu por solicitação de Lula de olho na COP 28, que ocorrerá na semana que vem nos Emirados Árabes. O objetivo era que o Ministério apresentasse um panorama de planos de prevenção e controle do desmatamento e desenvolvimento sustentável. “O Brasil vai para a COP 28 com a proposta de 1,5ºC, nem um pouco a mais, em relação à mudança da temperatura da Terra”, disse a ministra. “O Brasil vai com o compromisso de que tenhamos recursos para agenda de recuperação de perdas e danos, de que devemos fazer uma transição justa olhando para os países em desenvolvimento e continuar aprofundando a redução da emissão de CO2”, acrescentou.
Diante das mudanças climáticas que estão afetando os Estados brasileiros, Marina disse esperar que, ano que vem, o governo esteja “mais articulado” com os entes federativos. “O fogo não é municipal nem federal, é responsabilidade de todos nós.”
Marina afirmou que o plano de prevenção e controle de desmatamento da Amazônia já está em operação, já o do Cerrado está pronto para ser lançado. “Estamos trabalhando em relação aos demais planos; isso não é algo fácil, é complexo”, detalhou. Segundo o secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA, André Lima, os demais quatro planos devem ser finalizados em junho do ano que vem.
Estadão Conteúdo
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