O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou, nesta terça-feira (9), uma acusação federal contra Decarlos Brown Junior, suspeito de esfaquear até a morte a refugiada ucraniana Iryna Zarutska, de 23 anos, dentro de um trem em Charlotte, na Carolina do Norte, no fim de agosto. O caso reacende o debate sobre falhas no sistema de justiça criminal e pode levar o acusado à pena de morte.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Brown, aparentemente sem motivação, saca uma faca e ataca a jovem. Zarutska, que havia fugido da guerra em busca de uma vida mais segura nos Estados Unidos, morreu ainda no local.
A revelação de que o acusado já havia sido preso 14 vezes antes do crime levanta questionamentos sobre como ele estava em liberdade. A tragédia tem sido usada como exemplo por críticos que apontam falhas na forma como cidades americanas, sobretudo governadas por democratas, lidam com criminalidade, transtornos mentais e segurança no transporte público.
A procuradora-geral Pam Bondi foi enfática ao anunciar a acusação.
“Iryna Zarutska era uma jovem vivendo o sonho americano. Seu assassinato horrível é resultado direto de políticas falhas, brandas com o crime, que colocam criminosos à frente de pessoas inocentes. Buscaremos a pena máxima para este ato imperdoável de violência – ele nunca mais verá a luz do dia como um homem livre”, declarou.
O governo Trump também se manifestou, afirmando que o caso ilustra a falta de controle das administrações locais sobre a criminalidade. A oposição, por sua vez, acusa a Casa Branca de usar a tragédia para politizar um crime violento e reforçar sua agenda de endurecimento penal.
Enquanto a família de Zarutska organiza uma campanha para levar o corpo da jovem de volta à Ucrânia, a promotoria promete avançar com rapidez no processo, que pode se tornar um dos julgamentos mais emblemáticos do ano nos EUA.
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