A Pioneer do Brasil Ltda. anunciou o fechamento de sua fábrica em Manaus, que ocorrerá no dia 31 de março. A fábrica operava há uma década na região. A decisão resultará na demissão de 172 funcionários, que já estão em aviso prévio. A Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) está atuando para facilitar a realocação desses trabalhadores em outras indústrias da Zona Franca.

Após o anúncio de que a fábrica fechará as portas, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, procurou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para tratar do destino dos trabalhadores. 

Na semana passada, ele revelou que a diretoria da Pioneer em Manaus não tem autonomia para decisões, que cabem à sede da empresa em São Paulo. Santana criticou a falta de transparência e a ausência de um representante local com poder de resolver questões, e destacou que a empresa, que opera há mais de 30 anos em Manaus e recebe incentivos fiscais, não comunicou oficialmente o fechamento da fábrica à Suframa. 

Foto: Divulgação/SuframaSuframa corre para realocar trabalhadores – Em reunião realizada nesta segunda-feira (3), o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou que há 59 projetos de implantação de novas fábricas na região, o que pode abrir portas para a absorção dessa mão de obra qualificada. A Suframa solicitou à Pioneer a lista dos funcionários para encaminhá-la às empresas interessadas, sem prejudicar os processos de intermediação de recursos humanos já em andamento.

A fábrica da Pioneer operava em um único turno, e os funcionários desligados terão seus direitos trabalhistas garantidos, incluindo indenizações. Saraiva enfatizou que o foco da Suframa é apoiar os trabalhadores nessa transição, minimizando os impactos do fechamento. “Temos uma demanda significativa por mão de obra qualificada no Polo Industrial de Manaus, e acredito que esses profissionais serão rapidamente realocados”, afirmou.