Ministro da Defesa disse que não vai permitir que o Estado seja usado como rota para uma possível invasão conduzida por Maduro
Em virtude do aumento da tensão entre a Venezuela e a Guiana, o Exército brasileiro enviou mísseis MSS 1.2 AC para Roraima. O movimento estava previsto para o ano que vem, mas foi antecipado.
O objetivo é reforçar a defesa do Estado contra blindados russos, a exemplo do T-72, usados pela Venezuela. No início do mês, o Ministério da Defesa já havia mobilizado 16 viaturas para Roraima e prometeu aumentar o número de militares na região.
Os mísseis são fabricados pela Siatt, empresa com sede em São Paulo, e estão sendo testados pela Força desde 2018, informou o jornal O Estado de S. Paulo, na segunda-feira 18. O armamento é capaz de perfurar 530 milímetros de blindagem de aço e é altamente eficaz contra alvos a até 2 mil metros de distância.
“Assim como o aumento do efetivo previsto para as organizações militares em Roraima, a aquisição do equipamento em questão também estava contemplada no Planejamento Estratégico do Exército, que foi adiantado em função da conjuntura de tensão entre os países vizinhos àquele Estado”, comunicou o Exército a Oeste, que não informou a quantidade de projéteis destinados.
Mucio comenta tensão entre Venezuela e Guiana
Em almoço com jornalistas, na semana passada, o ministro da Defesa, José Mucio, disse que o governo “não vai permitir, sob hipótese alguma,” que as tropas do ditador Nicolás Maduro pisem no Brasil, caso tentem invadir a Guiana.
Na sexta-feira 15, durante entrevista ao Jornal Nacional, Mucio subiu o tom. “Se for necessário um ‘por aqui não passa’ mais enérgico, nós estamos preparados para isso”, disse.
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