As forças militares dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam, na madrugada deste sábado (20), o segundo petroleiro em águas internacionais próximas à Venezuela em um intervalo de apenas dez dias. A operação, realizada pela Guarda Costeira com apoio estratégico do Pentágono, marca um endurecimento significativo da política externa do governo Trump contra o governo de Nicolás Maduro. A embarcação, que possui bandeira panamenha e estava anteriormente atracada em um porto venezuelano, foi abordada antes do amanhecer, consolidando a estratégia de bloqueio naval sugerida pela Casa Branca recentemente.
A confirmação da apreensão veio por meio da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que utilizou as redes sociais para reforçar a postura combativa de Washington. Segundo Noem, os Estados Unidos não recuarão no combate à movimentação ilícita de petróleo sob sanção, alegando que os recursos gerados por essas exportações são utilizados para financiar o narcoterrorismo na região. Embora oficiais de inteligência tenham descrito a abordagem como um “embarque consentido” — onde o navio parou voluntariamente para a inspeção —, a ação é vista como uma demonstração de força clara em uma das rotas comerciais mais sensíveis do continente.
Até o momento, o governo da Venezuela não emitiu um comunicado oficial sobre esta segunda apreensão, embora Nicolás Maduro tenha classificado a primeira operação, ocorrida no último dia 10, como uma “interferência brutal” dos norte-americanos. A escalada de tensão ocorre após promessas do presidente Donald Trump de realizar um bloqueio efetivo ao país sul-americano, visando cortar a principal fonte de receita do regime. O cerco diplomático e militar tem gerado cautela no setor marítimo global, com diversos navios sancionados alterando suas rotas para evitar a zona de patrulhamento estadunidense.
O impacto econômico dessas operações já é visível nos indicadores de comércio exterior da Venezuela. Desde a primeira apreensão neste mês, as exportações de petróleo do país registraram uma queda drástica, evidenciando a eficácia do monitoramento em águas internacionais. A pressão logística imposta pelos EUA dificulta não apenas a saída do produto, mas também afasta potenciais transportadores que temem sanções ou interceptações militares. Fontes ligadas à operação, que falaram sob condição de anonimato, indicam que novas patrulhas estão posicionadas para manter o cerco constante nas próximas semanas.
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