O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a operação “Compadrio”, na manhã desta quarta-feira, dia 23, na cidade de Manacapuru, região metropolitana de Manaus.
A operação “Compadrio” foi iniciada a pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Manacapuru e tem como alvo a execução de seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão, todos voltados a indivíduos ligados ao corpo de funcionários públicos da rede municipal de ensino.
O MP-AM informou que as investigações revelaram um esquema em que servidores públicos municipais, bem como seus familiares e outras pessoas, desviavam recursos destinados ao município, direcionando esses fundos para contas pessoais e de terceiros.
A Segunda Vara da Comarca de Manacapuru também determinou o bloqueio e a indisponibilidade dos bens dos investigados, até o montante de R$ 4.314.590,16.
Além disso, dois servidores públicos envolvidos nas atividades ilícitas foram afastados de seus cargos.
As apurações indicam que funcionários ligados à Secretaria Municipal de Educação (Semed), estavam associados em um esquema criminoso, desviando recursos públicos municipais que originalmente deveriam ser repassados a conselhos de escolas e associações de pais e mestres de escolas pertencentes à rede municipal de educação de Manacapuru.
Além disso, há suspeitas de que ocorreu lavagem de dinheiro através da distribuição desses recursos para terceiros.
A operação contou com o apoio das forças policiais locais, incluindo a Polícia Civil e a Polícia Militar.
A Controladoria-Geral da União (CGU) também prestou assistência técnica, compartilhando informações que levantaram a possibilidade de uso inadequado de verbas municipais.
O nome escolhido para a operação, “Compadrio”, simboliza a prática de favorecer amigos e parentes de forma ilícita.
A prefeitura de Manacapuru está colaborando ativamente com as investigações e planeja afastar o atual secretário da Semed, Professor Raimundo Conde, do cargo.
A ação acontece após a denúncia feita pelo vereador Tchuco Benício ao Portal e TV CM7 Brasil.
Benício acusa o secretário de perseguir professores que demonstraram apoio político a candidatos que não se alinham com ele.
A denúncia aponta que professores da Semed estão perdendo seus cargos para dar lugar a apoiadores do secretário.
Tchuco Benício pediu o apoio dos demais vereadores para convocar o secretário Professor Raimundo Conde a prestar esclarecimentos sobre as demissões e as contratações realizadas com critérios políticos.
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