Dado foi observado no período em que o estado enfrenta uma preocupante estiagem.
O Amazonas registrou um número alarmante de queimadas na manhã desta quinta-feira (19), totalizando 260 focos em apenas 24 horas. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), refletindo um aumento de 400% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A seca severa que atinge a região agrava ainda mais a situação, com previsões de ser a pior já registrada na história do estado.
Entre os dias 18 e 19 de julho de 2024, o Amazonas contabilizou 260 focos de queimadas, enquanto no mesmo intervalo do ano passado foram registrados apenas 52 focos. Esse aumento significativo aponta para uma crise ambiental em evolução, com o estado já ultrapassando a média esperada de focos para o mês. Até o momento, julho já soma 773 focos de calor, enquanto a média histórica para o mês é de 757.
Os municípios de Lábrea e Apuí, localizados na Região Sul do Amazonas, conhecida como arco do fogo, concentram o maior número de focos de queimadas no país para este mês de julho. Lábrea contabilizou 267 focos e Apuí 187, ocupando a segunda e quinta posição no ranking nacional, respectivamente. A situação crítica nesses municípios ressalta a gravidade do problema e a necessidade urgente de ações de combate às queimadas.
Diante desse cenário preocupante, o estado do Amazonas já se encontra em emergência ambiental, com 22 dos 62 municípios em situação crítica. A repetição de um quadro similar ao de 2023, quando o estado registrou mais de 20 mil queimadas, o segundo pior ano desde 1998, parece iminente. As autoridades e a população enfrentam um desafio monumental para mitigar os efeitos devastadores das queimadas e da seca extrema.
A combinação de práticas agrícolas inadequadas e condições climáticas adversas, exacerbadas pela mudança climática global, contribui para o aumento das queimadas. A seca severa não só facilita a propagação dos incêndios, mas também reduz a capacidade de controle e combate ao fogo. As consequências são devastadoras para a biodiversidade local, a saúde pública e a economia da região, além de contribuir para o aumento das emissões de gases de efeito estufa.
Especialistas e autoridades destacam a necessidade de medidas urgentes e coordenadas para enfrentar a crise. Entre as ações sugeridas estão o fortalecimento da fiscalização ambiental, campanhas de conscientização sobre o uso adequado do fogo na agricultura, e investimentos em tecnologias de monitoramento e combate a incêndios. Além disso, é essencial o apoio federal e internacional para fornecer recursos e assistência técnica.
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