segunda-feira, 8 de julho de 2024
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Destinação do lixo de Manaus pode ser investigada em CPI na Aleam

Foto reprodução

O destino do lixo em Manaus pode acabar em CPI na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A proposta foi feita pelo deputado estadual Sinésio Campos (PT), após o tema voltar a pauta nessa quarta-feira (06), segundo a BandNews Difusora Manaus.

A proximidade do fim de prazo da vida útil do atual aterro sanitário de Manaus e a construção de um novo local para destinar o lixo da capital foi motivo de desentendimento entre os parlamentares.

O deputado Ednailson Rozenha (PMB) por exemplo, criticou a obra de propriedade da construtora Marquise Ambiental. “O problema do lixo é da construtora cearense Marquise que detêm a licitação do lixo de Manaus. O que nós não podemos permitir deputado Sinésio, é o lixão às margens da cabeceira do igarapé do Leão, de forma nenhuma. Ela tem que discutir com a sociedade aonde vai construir esse lixão”, declarou Rozenha.

O aterro vem sendo instalado a poucos metros da nascente do igarapé do Leão, um dos maiores afluentes do Rio Tarumã.

A fala gerou a reação do deputado Sinésio Campos, que preside a Comissão de Saneamento Básico da Casa Legislativa. “Querem se aprofundar um pouco mais nesse debate? então vamos fazer o debate sobre a situação do lixo de Manaus. Eu creio que é essa direção. Porque verificar somente um que está sendo construído e esquecermos do outro, que nós já fizemos várias visitas, é na verdade ser míope”, Sinésio tentou defender.

Um laudo técnico elaborado em 2018 pelo engenheiro ambiental Leandro Laurentino, aponta que o aterro sanitário tem vida útil até janeiro de 2024. O documento e uma ação judicial serviram como base para que a Justiça do Amazonas determinasse o fim das atividades do espaço.

Na tribuna da Aleam, Sinésio Campos, voltou a defender a instalação de uma CPI para aprofundar o debate e discutir a situação do lixo em Manaus. Para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito, é preciso que seja instituída a pedido de um terço dos deputados, ou seja, oito assinaturas.

O aterro construído pela empresa Marquise, próximo de um dos afluentes do rio Tarumã, tem motivado discussões entre a classe política e decisões do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) contra as licenças concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), para o empreendimento.

Em agosto, em declaração a BandNews Difusora FM, o presidente do Ipaam, Juliano Valente, afirmou que o licenciamento seguiu todos os estudos de impacto ambiental.

Já a empresa Marquise, por meio de nota, disse que a obra foi realizada com tecnologias modernas e que está apto para atender a necessidade de destinação de resíduos sólidos do estado, além de cumprir as exigências legais e ambientais.

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