Na última segunda-feira (25/8), a delegada da Polícia Civil de São Paulo e presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Raquel Gallinati, realizou a prisão em flagrante de um homem acusado de perseguir a ex-companheira em uma academia no bairro de Perdizes, zona oeste da capital paulista. O caso, que ganhou repercussão após a delegada compartilhar um vídeo nas redes sociais, expõe a gravidade da violência de gênero e do crime de perseguição.

Enquanto treinava CrossFit no local, Gallinati notou um homem com comportamento suspeito, que observava fixamente uma das alunas. Inicialmente, ela pensou se tratar de um aluno inconveniente, impaciente com o uso dos equipamentos.

No entanto, a situação se revelou mais grave quando os responsáveis pela academia a procuraram, informando que a aluna alvo do suspeito estava trancada no banheiro, em estado de pânico e chorando. A vítima relatou que o homem, seu ex-companheiro, havia se matriculado na academia, mesmo residindo em outra região, com o objetivo de monitorá-la.

Ele teria testado diferentes horários para coincidir com a presença dela no local, configurando um claro caso de perseguição. Diante da gravidade, Gallinati ordenou que o suspeito deixasse o estabelecimento, mas ele reagiu com desdém, debochando da autoridade policial e do sistema de Justiça, conforme relatado pela delegada.

A vítima, ao confrontar o ex-companheiro e apontar a ilegalidade de sua conduta, recebeu uma resposta desrespeitosa: “Não estou nem aí, f0da-se”, segundo Gallinati. Com a ajuda de alunos e funcionários da academia, a delegada impediu a fuga do suspeito, garantindo sua prisão em flagrante pelo crime de perseguição, previsto no artigo 147-A do Código Penal Brasileiro.

O caso reforça a importância de ações rápidas e eficazes no combate à violência contra a mulher e destaca o papel de profissionais engajados, como Gallinati, na proteção das vítimas e na aplicação da lei.

Veja vídeo: