Caso ocorreu na comunidade Parima, dentro da Terra Indígena Yanomami em Roraima, nesta segunda-feira (3)
Uma criança indígena morreu e outras 5 pessoas, entre crianças e adultos, ficaram feridas após um ataque de garimpeiros nesta segunda-feira (3), na comunidade Parima da Terra Indígena Yanomami (TIY) em Roraima.
Segundo informou o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), um helicóptero militar foi deslocado de Boa Vista até a região para atender os feridos.
Os agressores fugiram e não há informações se eles foram identificados. Agora, a situação é considerada sob controle.
Além do MPI, a Polícia Federal, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Força Nacional e as Forças Armadas estão acompanhando a situação no local.
“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, disse, em nota.
Outros ataques na terra indígena
Há anos indígenas de comunidades da Terra Indígena Yanomami vivem em conflito com garimpeiros que atuam de forma ilegal na região, resultando em ataques sofridos com disparos de armas de fogo.
No dia 29 de abril, por exemplo, um indígena morreu após ser baleado na cabeça e outros dois ficaram feridos durante um atentado que ocorreu na comunidade Uxiu.
Dois dias depois, em 1º de maio, a Polícia Federal encontrou oito corpos na mesma comunidade. Na época, não foi confirmado se as vítimas eram indígenas ou garimpeiros.
Em fevereiro, uma base federal situada na aldeia Palimiú foi atacada por garimpeiros que atiraram contra agentes do Ibama que abordavam embarcações.
Combate ao garimpo na TIY
Desde fevereiro o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Polícia Federal têm atuado, por meio da Operação Omawe, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Fundação Nacional dos Povos Indígenas, para combater a atuação de garimpeiros na região.
São feitas fiscalizações nos pontos de entrada na região pelos rios, além da destruição de equipamentos usados para extração de ouro ilegal e para envio de suprimentos aos garimpeiros.
Não ocorria ataques contra indígenas há pelo menos um mês na Terra Indígena Yanomami.
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