Faltam 71 assinaturas restantes para que a CPI seja formalmente instaurada.

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) anunciou ter alcançado 100 assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar uma suposta interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) nas eleições brasileiras de 2022. Para que o requerimento seja formalmente apresentado e a CPI instalada, são necessárias 171 assinaturas na Câmara dos Deputados.

Gayer afirma que a iniciativa “não é importante apenas para a oposição” e também “não tem a intenção exclusiva de prejudicar o governo ou o Partido dos Trabalhadores (PT)”. Segundo ele, a CPI tem como principal objetivo “restaurar a soberania brasileira” diante da possibilidade de interferência externa no processo eleitoral do país.

A proposta de investigação foi anunciada por Gayer na semana passada, logo após a divulgação de um trecho de uma entrevista concedida por Mike Benz, ex-chefe do setor de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos durante o primeiro governo de Donald Trump. A entrevista levantou suspeitas sobre o papel da USAID em estratégias que poderiam ter influenciado a condução das eleições no Brasil.

A USAID integra a estrutura burocrática do Departamento de Estado do governo americano, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil. O requerimento para a abertura da CPI menciona a necessidade de apurar se houve interferência através de medidas como “censura, regulação das redes sociais, promoção de debates políticos direcionados e atuação na construção de narrativas midiáticas que favorecem agendas políticas específicas, não necessariamente alinhadas aos interesses do povo brasileiro”.

Até o momento, o deputado segue em busca das 71 assinaturas restantes para que a CPI seja formalmente instaurada. Caso consiga atingir o quórum necessário, a comissão poderá convocar testemunhas, solicitar documentos e promover audiências para investigar possíveis interferências externas no processo eleitoral brasileiro.

O debate sobre a influência de organizações estrangeiras em eleições não é inédito. Em vários países, preocupações semelhantes já foram levantadas, especialmente no contexto de desinformação e manipulação de opinião pública. Com o aumento das discussões sobre segurança digital e soberania nacional, o tema promete seguir como pauta importante no Congresso Nacional nos próximos meses.

Veja a lista dos deputados que assinaram o pedido:
Adilson Barroso
Adriana Ventura
Afonso Hamm
Alberto Fraga
Alfredo Gaspar
Allan Garcês
André Fernandes
Any Ortiz
Bia Kicis
Bibo Nunes
Cabo Gilberto Silva
Capitão Alberto Neto
Capitão Alden
Capitão Augusto
Carla Dickson
Carla Zambelli
Carlos Jordy
Caroline de Toni
Chris Tonietto
Clarissa Tércio
Coronel Assis
Coronel Chrisóstomo
Coronel Fernanda
Coronel Meira
Coronel Ulysses
Daniel Freitas
Daniela Reinehr
Dayany Bittencourt
Delegado Caveira
Delegado Éder Mauro
Delegado Fabio Costa
Delegado Marcelo Freitas
Delegado Palumbo
Delegado Paulo Bilynskyj
Delegado Ramagem
Diego Garcia
Dr. Frederico
Dr. Ismael Alexandrino
Eduardo Bolsonaro
Eros Biondini
Evair Vieira de Melo
Felipe Francischini
Filipe Barros
Filipe Martins
General Girão
General Pazuello
Gilvan da Federal
Giovani Cherini
Gustavo Gayer
Helio Lopes
Hugo Leal
Icaro de Valmir
Jefferson Campos
Joaquim Passarinho
José Medeiros
Julia Zanatta
Junio Amaral
Kim Kataguiri
Lucas Redecker
Luiz Lima
Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Magda Mofatto
Marcel van Hattem
Marcelo Moraes
Marcos Pollon
Mario Frias
Matheus Noronha
Mauricio do Vôlei
Mauricio Marcon
Messias Donato
Nelson Barbudo
Nicoletti
Nikolas Ferreira
Osmar Terra
Padovani
Pastor Eurico
Pedro Westphalen
Pezenti
Pr. Marco Feliciano
Professor Alcides
Reinhold Stephanes
Ricardo Guidi
Ricardo Salles
Roberta Roma
Roberto Duarte
Rodolfo Nogueira
Rodrigo da Zaeli
Rodrigo Valadares
Sanderson
Sargento Fahur
Sargento Gonçalves
Silvia Waiãpi
Sóstenes Cavalcante
Thiago Flores
Vermelho
Zé Trovão
Zucco
Roberto Monteiro
Gilson Marques
Rosangela Moro