sexta-feira, 5 de julho de 2024
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CPI do ‘Arrozão’ chega a quase 140 assinaturas

CPI do ‘Arrozão’
CPI do ‘Arrozão’

O requerimento que pede a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do “Arrozão”, que pretende investigar o leilão para a compra de pouco mais de 260 mil toneladas de arroz importado realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), chegou a 139 assinaturas nesta quinta-feira, 13.

O documento precisa de 171 assinaturas para ser protocolado. Depois, cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se vai instalar ou não a CPI do Arroz.

A informação é da equipe do deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), autor do requerimento da CPI do Arroz. Na terça-feira 11, o leilão foi suspenso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em virtude da desconfiança sobre a capacidade de as empresas vencedoras entregarem o produto. Um novo leilão será realizado.

Além disso, o governo anunciou que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, colocou o cargo à disposição e foi demitido. Há suspeitas da relação de um ex-assessor dele com sócios das empresas que intermediaram o certame.

Conforme o deputado, há indícios de possível fraude na condução do processo. Entre as denúncias, está o possível uso de empresas de fachada. O caso que chama mais atenção é o da principal vencedora do leilão, a empresa Wisley A. de Souza. Para Zucco, o cancelamento do leilão é uma “confissão de culpa”.

No leilão, o governo arrematou 263.730 toneladas de quatro empresas, por R$ 1,3 bilhão. “Não tem como a gente depositar dinheiro público sem termos as reais garantias de que o leilão e esses contratos posteriores serão honrados”, completou o presidente da Conab, Edgar Pretto.

O governo Lula escolheu importar arroz dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional do grão. O Estado, no entanto, já havia colhido 80% do cereal. Produtores rurais e especialistas disseram que a compra de arroz era desnecessária, pois não havia risco de desabastecimento.

Em 7 de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo decidiu comprar arroz para evitar a alta de preços diante da dificuldade que o Estado passava para transportar o grão para o país.

Depois do leilão do arroz diversas denúncias apareceram. Entre elas, o possível uso de empresas de fachada. O caso que chama mais a atenção é o da principal vencedora do leilão, a empresa Wisley A. de Sousa.

Créditos: Revista Oeste

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