12/12/2025
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Correios suspendem benefício de Natal de R$ 2,5 mil para carteiros

Correios suspendem benefício de Natal
Foto Agência Brasil

A crise é considerada a mais grave da história recente da instituição.

Os Correios decidiram não manter neste ano o benefício de Natal no valor de R$ 2,5 mil, pago pela última vez aos funcionários em 2024 como parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A estatal justificou a medida citando o cenário financeiro crítico enfrentado pela companhia, que acumula prejuízos sucessivos.

O mais recente balanço divulgado pela empresa mostra um rombo de R$ 6 bilhões apenas entre janeiro e setembro de 2025. O resultado representa o 13º trimestre consecutivo de perdas, sequência iniciada no fim de 2022. A crise é considerada a mais grave da história recente da instituição.

A situação financeira tem reflexos diretos no planejamento interno. Além da suspensão do benefício natalino, os Correios ampliaram o Programa de Demissão Voluntária (PDV), que agora poderá atingir até 15 mil empregados. A projeção é que 10 mil desligamentos ocorram em 2026, e outros 5 mil em 2027.

Tesouro impõe restrições a empréstimo bilionário

A dificuldade para captar recursos no mercado também tem prejudicado os planos da empresa. Na terça-feira (2/12), o Tesouro Nacional informou que não dará aval ao empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios caso a taxa de juros fique acima de 120% do CDI. A negativa coloca em xeque a estratégia financeira da estatal, que pretendia utilizar o crédito para aliviar o caixa.

O governo federal avalia alternativas de curto prazo para permitir que a companhia consiga renegociar com os bancos, possivelmente por meio de aportes temporários do Tesouro. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, qualquer ajuda eventual terá de respeitar as regras fiscais em vigor.

Negociações seguem com representantes dos trabalhadores

Procurada, a área de comunicação dos Correios afirmou, em nota enviada ao Metrópoles, que as questões relativas ao Acordo Coletivo de Trabalho seguem sendo discutidas exclusivamente com os representantes dos empregados nas mesas formais de negociação.

Enquanto isso, trabalhadores seguem apreensivos diante das mudanças, que afetam tanto os benefícios quanto a política de recursos humanos da estatal — já enfraquecida pelas dificuldades econômicas e pela possibilidade de reestruturações ainda maiores.


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