quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Corpos de alpinistas não resgatados formam cemitério a céu aberto no Monte Everest

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Restos mortais de alpinistas servem como marcos e lembranças dos perigos da escalada na montanha mais alta do mundo.

Os corpos no Everest são uma lembrança assombrosa dos perigos mortais que cercam a escalada da montanha mais alta do mundo. Com 8.849 metros de altitude e temperaturas que podem chegar a -60°C, o Monte Everest é um dos lugares mais extremos do planeta e um dos maiores desafios para os alpinistas. Anualmente, centenas de aventureiros tentam alcançar o cume, enfrentando glaciares, fendas e cascatas de gelo, além de ventos extremos, avalanches e a falta de oxigênio.

A Jornada Mortal

Desde o início do século XX, pelo menos 322 alpinistas morreram na tentativa de conquistar o Everest. Metade desses corpos nunca foram encontrados, enquanto outros reapareceram devido ao derretimento da neve e do gelo. Apenas 1% dos corpos são recuperados, devido à dificuldade extrema de realizar resgates nas condições adversas da montanha. Em média, de 5 a 10 pessoas morrem por ano, mas esse número tem aumentado na última década.

Cadáveres como Marcos

Os corpos no Everest não só são uma lembrança dos perigos da escalada, mas também servem como marcos para outros alpinistas. Entre 40 e 50 cadáveres permanecem no local onde morreram, tornando-se pontos de referência nas vias de subida e descida. Um dos mais famosos é o corpo de Tsewang Paljor, conhecido como “Botas Verdes”, que morreu em 1996 durante uma tempestade na “zona da morte”. Perto dele, em 2006, o alpinista David Sharp morreu, gerando polêmica sobre a ética em situações de emergência na montanha.

Botas Verdes, um dos cadáveres mais famosos do Evereste.

Botas Verdes, um dos cadáveres mais famosos do Evereste – Foto: internet// Reprodução

Casos Famosos

Outros corpos célebres incluem “The Greeter”, cuja identidade é desconhecida, mas é facilmente reconhecido pela posição de seus braços, e “A Bela Adormecida”, Francys Arsentiev, a primeira mulher americana a atingir o cume sem oxigênio suplementar. Francys morreu durante a descida em 1998, e seu corpo ficou visível até 2007, quando foi removido por uma expedição.

Os corpos no Everest

Foto: Internet // Reprodução

O Crescimento do Turismo

O aumento do número de alpinistas inexperientes e a maior emissão de licenças pelo governo nepalês têm contribuído para o aumento das mortes e do impacto ambiental. O turismo no Everest mudou, com mais pessoas tentando a escalada, resultando em “engarrafamentos” humanos e maior quantidade de lixo na montanha. Expedições de limpeza são organizadas para recolher o lixo e os cadáveres deixados para trás.

Os corpos no Everest são um testemunho silencioso das ambições e tragédias que cercam a escalada da montanha mais alta do mundo. Eles representam tanto a bravura quanto a vulnerabilidade dos alpinistas que se atrevem a desafiar um dos ambientes mais hostis da Terra.


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