Um dos principais pontos de discórdia durante as negociações foi a meta de financiamento climático.
A 29ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima chegou ao fim neste sábado (23) com um acordo que gerou frustração e críticas por parte de diversos países e organizações ambientais.
Um dos principais pontos de discórdia durante as negociações foi a meta de financiamento climático. Apesar da pressão dos países em desenvolvimento por um aporte anual de US$ 1,3 trilhão para auxiliar na adaptação às mudanças climáticas e na mitigação de seus efeitos, o acordo final estabeleceu uma meta de US$ 300 bilhões por ano até 2035.
A cifra, embora superior ao valor apresentado em um rascunho anterior, foi considerada insuficiente para atender às necessidades dos países mais vulneráveis, que sofrem de forma desproporcional os impactos das mudanças climáticas.
Revolta e desapontamento
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, que havia defendido a meta de US$ 1,3 trilhão, expressou sua decepção com o resultado das negociações. Representantes de pequenos estados insulares e de países em desenvolvimento também manifestaram sua insatisfação, alegando que suas vozes não foram ouvidas.
“Consideramos que não fomos ouvidos”, declarou Cedric Schuster, enviado de Samoa em nome da aliança dos pequenos Estados insulares (Aosis).
A representante da Bolívia foi ainda mais contundente, afirmando que o acordo “consagra a injustiça climática” e “consolida um sistema injusto”.
Mercado de carbono e outras polêmicas
Além da questão do financiamento climático, a COP29 também estabeleceu regras para o mercado global de carbono. Essa iniciativa visa criar um mecanismo para que países e empresas possam compensar suas emissões de gases de efeito estufa, investindo em projetos de redução de carbono em outros países.
No entanto, a criação desse mercado gerou preocupações em relação à sua efetividade e à possibilidade de gerar novas oportunidades para especulação financeira.
Outra polêmica que marcou a COP29 foi a denúncia de que a Arábia Saudita teria feito alterações diretas em um texto oficial da negociação, o que irritou representantes de outros países.
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