Alexandre Araújo Brandão foi preso em Florianópolis, na manhã de hoje (26), durante a mega operação “Piramutaba”, ocorrida simultaneamente em Manaus e no estado de Santa Catarina.
O homem, também conhecido como Churuca, é apontado como líder de uma facção no Amazonas. “Ele é conselheiro permanente de uma facção em Manaus e essa facção tem ramificações no Rio de Janeiro”, diz o delegado da Polícia Federal Sávio Pinzon.
Conforme a polícia, mesmo fora do Amazonas, ele controlava o tráfico no estado e usava uma empresa de medicamentos para lavar o dinheiro das drogas.
Segundo as investigações, a empresa era administrada pela irmã de Alexandre.
“ELE SE UTILIZA DE UMA EMPRESA, DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTO, PARA LAVAR DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS (…) ESSA EMPRESA É ADMINISTRADA PELA IRMÃ DO ALVO, QUE SOFREU BUSCA NA EMPRESA NA CIDADE DE MANAUS”,diz o delegado da PF.
No local foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas primeiras horas desta manhã.
“Alexandre já responde hoje a mais de 12 processos, entre homicídios, tráfico de drogas, violência doméstica. Na última vez que foi preso no Amazonas estava com 14 armas e hoje não foi diferente, no momento da sua prisão ele estava com uma arma de fogo”, diz a delegada Débora Barreiros.
O homem também já tinha uma mandado de prisão em aberto por sentença condenatória na qual foi penalizado em 15 anos de prisão por homicídio.
A delegada explica que Churuca domina o tráfico na zona sul de Manaus e que as equipes que ainda estão na rua e até o momento apreenderam quatro armas, que podem ter sido usadas em homicídios ordenados por ele naquela região e em outras zonas da cidade.
Além de traficar, lavar dinheiro do tráfico e ordenar homicídios, ele também envia armas de outros estados para abastecer a facção em Manaus.
A fuga para Florianópolis foi motivada não só pelas buscas da polícia por ele, mas também por ter sido jurado de morte por uma facção rival.
“No inquérito da Polícia Federal há indícios de que ele é jurado de morte por outra facção e daí suspeita-se de que ele estava em Santa Catarina com receio de perder sua vida”, explica Sávio.
A última vez que Churuca foi preso em Manaus ocorreu em 2021, logo depois de conseguir o direito de responder em liberdade, e deixar o Amazonas.
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