Em uma decisão rápida e impactante, o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, e o comandante da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, foram exonerados nesta quarta-feira (2/10) de seus cargos após uma recomendação do promotor Armando Gurgel, da Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial (Proceap). A medida ocorre em meio ao escândalo envolvendo o chamado “QG do crime eleitoral” em Parintins, no qual ambos foram citados em investigações.
A recomendação de Gurgel ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Klinger Paiva, incluiu a retirada dos armamentos dos ex-comandantes e o afastamento de suas funções, realocando-os em atividades administrativas enquanto suas condutas são apuradas pela Diretoria de Justiça e Disciplina da PMAM.
Vídeo comprometedor
A exoneração foi motivada pela circulação de um vídeo comprometedor de uma reunião entre militares e figuras políticas do estado. No encontro, estavam presentes o presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando Silva do Vale, e os secretários de Estado Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, Flávio Antony e Marcos Araújo Apolo Muniz de Araújo. Os diálogos capturados no vídeo indicam o uso da força policial militar para coagir eleitores a favor de uma candidata em Parintins, além da suposta utilização de gravações telefônicas.
As imagens também revelaram o envolvimento do ex-comandante do 11° Batalhão da PM em Parintins, coronel Francisco Magno Judiss, que já foi afastado, reforçando o uso ilícito da Polícia Militar em atividades de coerção eleitoral.
O comandante-geral da PM, coronel Klinger Paiva, agiu rapidamente após ser notificado pelo Proceap. Em nota, a PMAM informou que os processos de exoneração dos oficiais foram iniciados de imediato, reforçando o compromisso da instituição com a lisura e integridade durante o período eleitoral. O promotor Armando Gurgel justificou que a exoneração dos comandantes foi uma medida excepcional, dada a gravidade dos fatos e a proximidade do pleito eleitoral. Segundo ele, as ações investigadas podem comprometer seriamente o processo democrático em Parintins, tornando necessária a intervenção imediata.
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