quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
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Caso Djidja: em seita, Bruno Roberto também acreditava ser ‘Jesus’ e Verônica Seixas era considerada o ‘Espírito Santo’

Bruno Roberto
Bruno Roberto

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), o delegado Cícero Túlio, titular do 1o Distrito Integrado de Polícia (DIP), deu maiores esclarecimentos acerca da morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso. O caso revelou a existência de uma seita, intitulada “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja. Nas sessões, o grupo utilizava o anestésico ketamina, cujo uso abusivo resultou na provável morte por overdose de Djidja.

Em meio às investigações, o delegado informou que, além de Ademar, o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto, também era considerado uma espécie de ‘Jesus Cristo’ dentro da seita. Ainda nesse contexto bíblico, a gerente geral dos salões de beleza da família, Verônica Seixas, era considerada como o ‘Espírito Santo’.

“Em dado ponto de conversa [encontrada no celular de Bruno] ele se intitula Jesus Cristo, alçando a Cleusimar [mãe de Djidja] à figura de Maria, e dizendo que a Verônica seria o Espírito Santo. Isso tudo faz parte do inquérito a gente coletou não só essa parte, como outras conversas, mantidas inclusive com pessoas ligadas as clinicas veterinárias que forneciam esse tipo de medicação e a gente conclui que ele fazia parte desse esquema tanto para fins de fomentar a prática realizada pela seita quanto para fins de facilitar a compra desse material”, afirmou o delegado.

Cícero Túlio afirmou que foram encontradas contradições no depoimento de Bruno. “No depoimento dele, ele afirma que teria ido aquele local para auxiliar a Djidja a sair daquele situação deplorável de uso de entorpecentes. Ocorre que a partir da análise preliminar do conteúdo existente no seu próprio aparelho telefônico a gente consegue perceber uma espécie de contramão aos argumentos que foram lançados no depoimento, isso também relacionado a conversas que eram mantidas entre ele e a Cleusimar [mãe de Djidja] que apontam que efetivamente ele fazia parte do esquema criminoso”, disse.


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