Um turista italiano foi morto e outras sete pessoas ficaram feridas em um suposto ataque de atropelamento de carros perto de uma praia em Tel Aviv, disseram médicos israelenses.

O ministro das Relações Exteriores da Itália disse que Israel identificou o homem morto como o cidadão italiano Alessandro Parini, de 36 anos.

Um médico disse à televisão israelense que os feridos incluíam três cidadãos britânicos e um outro italiano.

Imagens do local mostraram um carro capotado perto de um calçadão e um policial israelense abrindo fogo.

A polícia local disse que o suspeito foi morto a tiros por policiais.

A polícia o nomeou como Yousef Abu Jaber, de Kafr Qasim, uma cidade árabe-israelense.

O ataque ocorreu depois que duas irmãs britânico-israelenses foram mortas e sua mãe ferida em um tiroteio na Cisjordânia ocupada na manhã desta sexta-feira.

A polícia de Tel Aviv disse que às 21h25 locais (19h25 no horário de Brasília) um homem de 45 anos dirigiu um carro Kia ao longo do calçadão à beira-mar da cidade, atingindo vários pedestres antes de capotar no gramado do Jardim Charles Clore.

Eles disseram que um policial em um posto de gasolina próximo ouviu a comoção e, depois de correr para o local, viu o motorista do carro “tentando alcançar o que parecia ser um objeto semelhante a um rifle que estava com ele” e depois “o neutralizou”.

O serviço de ambulâncias israelense disse que, além do suposto perpetrador, houve um total de oito vítimas do ataque e que todos eram turistas.

Dos feridos, três sofreram ferimentos moderados e quatro sofreram apenas ferimentos leves, disse.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou sua “profunda tristeza” pela morte de Parini e descreveu o ataque como “covarde”.

Parini trabalhou como advogado em Roma, informou a mídia italiana.

O ministro do Reino Unido para o Oriente Médio e Norte da África, Lord Ahmad, condenou os ataques e confirmou que cidadãos britânicos ficaram feridos no incidente de atropelamento de carros em Tel Aviv.

Após o ataque, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mobilizou a polícia e os reservistas do exército como parte dos esforços para combater o terrorismo.

Netanyahu também visitou o local do tiroteio na Cisjordânia.

Os ataques na Cisjordânia ocorreram horas depois que os militares israelenses realizaram ataques aéreos contra alvos pertencentes ao grupo militante palestino Hamas no sul do Líbano e na Faixa de Gaza.

Os militares disseram que os ataques foram uma resposta a uma barragem de 34 foguetes disparados do Líbano para o norte de Israel na quinta-feira, que atribuiu ao grupo.

As tensões estão em alta após duas noites de batidas policiais israelenses na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém – o terceiro local mais sagrado do Islã – no início desta semana.

Os ataques desencadearam confrontos violentos com palestinos dentro da mesquita e causaram raiva em toda a região.

Os foguetes disparados do Líbano formaram a maior barragem desse tipo em 17 anos.

O Hamas não confirmou que disparou os foguetes, mas o líder Ismail Haniyeh, que estava visitando a capital libanesa, Beirute, na época, disse que os palestinos não “se sentariam de braços cruzados” diante da agressão israelense.

*Com informações bbc