sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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BR-319: O que esperar do Governo?

Por André Marsílio presidente da Associação de Amigos e Defensores da BR-319.

Por André Marsílio presidente da Associação de Amigos e Defensores da BR-319

Antes de tudo, precisamos resgatar um fator histórico. É que todos os governos, desde 1988 até agora, não querem aceitar o fato de que a rodovia BR-319 foi abandonada e criminosamente destruída por grupos políticos e interesses econômicos locais, ações essas que resultaram em prejuízos econômicos e sociais para o Estado do Amazonas, fatos esses relatados por testemunhas oculares, pessoas que viram uma rodovia asfaltada se tornar um imenso atoleiro, a dificultar os fluxos rodoviários.

Os governos sempre olharam a BR-319 como uma futura possibilidade e nunca uma ação concreta de trabalho diuturnamente para tornar a rodovia novamente trafegável para quaisquer veículos, algo hoje quase impossível, principalmente nos meses de dezembro-maio, que o período invernoso na Amazônia.

As leis ambientais para a construção de novas estradas barraram a REPAVIMENTAÇÃO da rodovia, todavia, a BR-319 existe e já foi pavimentada. Um Termo de ajustamento de conduta ( TAC ) considera essa rodovia como uma estrada que existiu enquanto “leito natural” sem pavimentação, o que é um erro. Erro esse que atrapalhou todo o processo de reconstrução nos primeiros anos do século XXI.

O governo Bolsonaro poderia ter revogado esse TAC assim como outros governos, e não fizeram. O processo da REPAVIMENTAÇÃO da rodovia está com a Licença Prévia aprovada, agora esperando a Licença de Instalação que ficará a cargo do governo Lula.

Vamos entrar no debate. Vejamos: Marina Silva, enquanto foi ministra do meio ambiente no primeiro mandato de Lula, nunca negou sua posição santuarista e sua psicose política contra a BR-319. Mas, mesmo assim, houve a manutenção da rodovia nos trechos Humaitá-Porto Velho e Manaus-Castanho, tendo fluxo sazonal desde 2015 entre os municípios do Castanho e Humaitá.

Não acredito que ela vá mudar de posição sobre a BR-319, mas o processo de Licenciamento Ambiental está muito redondo e provavelmente é um dos mais bem elaborados documentos para a RECONSTRUÇÃO de uma rodovia no Brasil. Diante disto, com muitas forças a favor da rodovia, ela dificilmente vai entrar nesta quebra de braço. Marina Silva, acima de tudo, tem um partido na mão e precisa está no governo para fortalecer sua base que está fraca.

Cabe a nós, o povo amazônida, os amigos e defensores da BR-319 procurar pressionar e não desistir. O processo está andando, agora é acompanhar e fazer pressão, como sempre fizemos. Tempos difíceis que nunca foram obstáculos para quem acredita.

De nossa parte, não vamos cruzar os braços. Não ARREDAREMOS nenhum milímetro. A Associação de Amigos e Defensores da BR-319 espera contar ainda mais com a conscientização e apoio popular para esta causa que visa integrar a Amazônia Ocidental à economia nacional. Com força e com a luta de todos os interessados, devemos buscar sensibilizar nossos representantes políticos na Câmara e no Senado da República para defenderem essa augusta causa. Merecemos e precisamos estar integrados ao desenvolvimento nacional.


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