O Bitcoin (BTC) segue rondando a faixa dos US$ 16.400-US$ 16.700, operando em estabilidade, a US$ 16.520, na manhã desta sexta-feira (30), mas rumando para um fechamento negativo na última semana do ano. Se continuar assim, deve encerrar 2022 no seu menor preço em mais de dois anos – a última vez que a criptomoeda teve um fechamento semanal tão baixo foi em novembro de 2020, quando foi a US$ 16 mil, mas vinha de subida dos US$ 14 mil.
Apesar disso, analistas avaliam o momento de estabilidade recente de preços como positivo para a criptomoeda.
“O Bitcoin continua alegremente navegando e vendo a tempestade passar enquanto flutua em torno de US$ 16.000 a US$ 17.000”, avalia Craig Erlam, editor sênior da formadora de mercado de câmbio Oanda. “Esse tem sido o caso nas últimas semanas e não parece que vai mudar nos próximos dias, salvo manchetes inesperadas”.
Para Erlam, a maior dúvida do momento é se o tão aguardado fundo de mercado já chegou, e quanto tempo levará para a confiança no setor retornar para permitir uma recuperação mais forte. “Não estou convencido de nenhum dos dois no curto prazo e acho que há muito mais reviravoltas para o início do ano que vem”.
Para Fernando Pereira, trader da corretora Bitget, os investidores de BTC já saíram de férias há 2 semanas, por isso o marasmo nos preços continua se estendendo até o último dia útil do ano. “Nem mesmo o aumento da pressão vendedora vista durante essa semana foi suficiente pra dar um rumo à moeda, ainda que para baixo. A tendência principal é o retorno para a faixa se US$ 15.500, mas ficará para 2023”, pondera.
Segunda maior cripto por valor de mercado, o Ethereum (ETH) opera estável como o Bitcoin e vai a US$ 1.193, enquanto ativos como XRP, DOGE e MATIC registram perdas de 2,4%, 3,7% e 3,1%, respectivamente.
A Solana é mais uma vez um dos destaques negativos, com recuo de 3,3% nas últimas 24 horas, a US$ 9,15, mas vem de tentativa de recuperação após ter caído para cerca de US$ 8,50 em meio ao descrédito no projeto por conta da falência da FTX e de Sam Bankman-Fried, seus principais patrocinadores.
A SOL apagou essas perdas depois que o cofundador da Ethereum, Vitalik, falou em apoio à plataforma. “Algumas pessoas inteligentes me dizem que há uma comunidade séria de desenvolvedores inteligentes em Solana, e agora que o terrível dinheiro oportunista foi eliminado, a rede tem um futuro brilhante”, Buterin twittou pouco antes do início da recuperação do SOL na quinta-feira.
Ainda assim, não foi o suficiente para evitar queda de de quase 20% na semana e de cerca de 95% no ano, em desempenho só pior do que o das criptos do ecossistema Terra, que foram a zero em maio.
Com informações de infomoney
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