Atentados atribuídos a dissidências das Farc atingiram helicóptero policial em Antioquia e base aérea em Cali.
A Colômbia viveu uma das noites mais violentas desde o acordo de paz de 2016. Ao menos 18 pessoas morreram em dois ataques distintos ocorridos na quinta-feira (21), atribuídos a grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Em Antioquia, no norte do país, um helicóptero da polícia foi derrubado por um drone explosivo durante operação contra plantações de coca. Os 12 agentes a bordo morreram. O Ministério da Defesa classificou a ação como “terrorista”. Inicialmente atribuída ao Clã do Golfo, a autoria foi depois direcionada ao Estado-Maior Central (EMC), principal facção remanescente das Farc.
Horas depois, em Cali, um carro-bomba explodiu perto da Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, matando seis pessoas e deixando mais de 60 feridos. A detonação destruiu casas, veículos e gerou pânico na região.
O prefeito Alejandro Eder decretou lei marcial, restringiu a circulação de caminhões pesados e anunciou recompensa de US$ 10 mil por informações sobre os autores. “Não cederemos ao terrorismo”, afirmou.
O presidente Gustavo Petro convocou um conselho de segurança nacional para discutir medidas emergenciais e reforço da proteção nas principais cidades. Em rede social, o Ministério da Defesa declarou que os responsáveis serão punidos “com todo o peso da lei”.
Contexto de violência crescente
A onda de ataques ocorre em meio à expansão do cultivo de coca, que alcançou 253 mil hectares em 2023, segundo a ONU. Além disso, cresce o uso de drones em ações criminosas: só em 2024, foram registrados 115 incidentes do tipo.
Na semana passada, três militares já haviam morrido após explosivos serem lançados de drones sobre um posto de controle no sudoeste do país. Especialistas apontam que a estratégia marca uma nova etapa da violência armada na Colômbia, combinando tecnologia militar e narcotráfico.
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