A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira (20) de manter Anderson Torres preso enquanto Gonçalves Dias segue solto tem gerado polêmica e levantado suspeitas de parcialidade na justiça brasileira.
Torres, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão e conivência com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Já Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), só começa a ser investigado por suposta participação nos mesmos atos agora e ainda está em liberdade, mesmo após vídeos que o mostram próximo aos invasores que depredavam a Praça dos Três Poderes vazarem na mídia.
Apesar das evidências apresentadas, a decisão do STF tem sido criticada por aparentemente favorecer Gonçalves Dias, que é amigo próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Torres era mais próximo de Bolsonaro. Isso tem gerado questionamentos sobre a isenção da justiça brasileira em casos envolvendo políticos e membros do governo.
Na decisão que manteve a prisão de Torres, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que há novos indícios da participação do ex-ministro em tentativas de dificultar a votação no 2º turno das eleições de 2022. Segundo o ministro, há depoimentos de testemunhas e documentos que apontam para a elaboração de uma suposta “minuta golpista” e uma “operação golpista” da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular nas eleições.
Caso do GSI
Enquanto isso, as imagens que mostram Dias interagindo com os invasores que depredavam o Planalto levantam suspeitas sobre sua participação nos atos de vandalismo.
O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, por volta das 14h desta sexta-feira (21). O depoimento dele durou quase cinco horas, tendo começado às 9h.
Ele alegou que chegou ao local após os invasores romperem a barreira montada pela Polícia Militar do Distrito Federal e agiu para retirar pessoas do terceiro e quarto andar do Palácio. No entanto, não é isto que mostram as imagens, onde ele aparece passivo e até conivente com os invasores ao lado de outros servidores do planalto. Apesar de toda a materialidade, o Gonçalves Dias, conhecido como “general de Lula”, continua em liberdade.
*Com informações cm7brasil
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