Embora número de infecções tenha crescido e episódios preocupantes tenham sido registrados, doença ainda não é transmitida entre seres humanos
Os casos de infecção pelo vírus da gripe aviária (H5N1) aumentaram neste ano, especialmente após a doença começar a afetar mamíferos, incluindo fazendas de gado nos Estados Unidos.
Embora o número de infecções tenha crescido e episódios preocupantes, como a grave infecção de um adolescente no Canadá, tenham sido registrados, a gripe aviária ainda não é transmitida entre seres humanos. No entanto, cientistas alertam que a situação pode mudar com apenas uma mutação.
Uma análise publicada na Science na quinta-feira (5) revelou que falta apenas uma modificação na variante do H5N1 que afetou vacas-leiteiras no interior dos Estados Unidos (clado 2.3.4.4b) para que ela se torne capaz de se transmitir entre humanos.
Gripe aviária pode causar nova pandemia entre humanos
- Testes indicam que, caso ocorra uma alteração na hemaglutinina do vírus — proteína que ajuda o patógeno a se ligar às células — ele poderia ganhar o potencial de transmissão entre humanos e se tornar uma ameaça pandêmica;
- Se essa mutação ocorrer na natureza, o vírus poderia mudar seu hospedeiro principal de aves para seres humanos, permitindo que o patógeno infectasse as células humanas com maior facilidade, como se ganhasse “chaves” para abrir essas células;
- “As descobertas demonstram o quão facilmente esse vírus pode evoluir para reconhecer receptores humanos”, afirmou Ting-Hui Lin, pesquisador de doenças infecciosas e autor principal do estudo, em comunicado à Scripps Research, nos Estados Unidos;
- Atualmente, sem a mutação, o vírus ainda pode infectar humanos, mas com dificuldades, como se não tivesse a chave para entrar nas células;
- Por isso, é necessário contato constante com animais infectados para que o vírus consiga penetrar nas células humanas, explicando por que a doença não se transmite entre humanos, mas pode afetá-los.
Caso a mutação aconteça, a gripe aviária poderia ser transmitida de maneira semelhante aos outros vírus da gripe, por meio de gotículas de saliva, ou secreções liberadas ao falar ou espirrar.
Embora esse tipo de mutação ainda não tenha ocorrido, os cientistas alertam que mudanças simples na composição do vírus não são impossíveis e podem acontecer a qualquer momento.
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