Nesta segunda-feira (25), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emitiu uma declaração afirmando que sua estadia na embaixada da Hungria em Brasília teve como objetivo principal o contato com autoridades do país aliado.

“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz a nota. “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, completou o texto assinado pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten.

Segundo a nota divulgada pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, durante sua hospedagem na embaixada magiar, Bolsonaro dialogou com diversas autoridades, atualizando os cenários políticos das duas nações. A nota também refutou qualquer interpretação além das informações fornecidas, classificando-as como obras fictícias e fake news.

A confirmação da estadia de Bolsonaro na embaixada por dois dias coincide com a reportagem que ressaltou seu “bom relacionamento” com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, especialmente evidenciado durante a posse do presidente argentino, Javier Milei.

Em São Paulo, durante um evento do PL, o ex-presidente reiterou seu envolvimento com embaixadas e conversas com embaixadores, destacando suas relações internacionais. Esse posicionamento surge após a divulgação de vídeos do sistema de segurança da embaixada da Hungria, mostrando Bolsonaro nas instalações diplomáticas por dois dias, logo após a apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal.

As imagens, divulgadas pelo jornal New York Times, captaram Bolsonaro na embaixada a partir de 12 de fevereiro, quatro dias após a apreensão de seu passaporte no contexto de uma investigação sobre uma suposta trama de golpe para mantê-lo no poder após a derrota eleitoral para Lula (PT).