A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) apreendeu 3,4 toneladas de alimentos irregulares, nesta quarta-feira (27/11), em estabelecimento localizado no conjunto Parque das Nações, no bairro Flores, na zona centro-sul de Manaus.
Os produtos lácteos e cárneos – dentre eles queijo muçarela, presunto, mortadela e linguiça calabresa – estavam sendo fatiados sem autorização da autarquia, possuíam selos de inspeção falsificados e alguns estavam fora do prazo de validade.
Os produtos foram levados ao aterro sanitário para destruição. A ação contou com apoio da Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon-AM) e partiu de uma denúncia repassada à Ouvidoria da Adaf.
No local, servidores da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa) flagraram nove funcionários fatiando e reembalando os produtos em um espaço improvisado dentro de uma câmara frigorífica desativada. O empresário – cuja empresa possui alvará de funcionamento municipal para a venda de produtos no atacado – assumiu o fatiamento irregular e a falsificação do selo de inspeção, mas negou que os produtos vencidos tinham como destino o consumidor final.
Os fiscais lacraram os equipamentos, impossibilitando o seu uso, e lavraram o auto de infração. O proprietário do estabelecimento tem o prazo de 30 dias para fazer sua defesa. Caberá ao jurídico da Adaf analisar o processo e definir a penalidade a ser aplicada.
Além dos produtos lácteos e cárneos, os fiscais da Adaf também apreenderam 33,5 mil etiquetas falsificadas que seriam utilizadas para reembalar os produtos irregulares. Segundo o fiscal agropecuário médico veterinário Leonardo Assis, informações repassadas pelo proprietário do estabelecimento dão conta de que eram manipulados, por dia, entre 500 e 600 quilos de produtos.
“Constatamos que é um local que fracionava frios, presuntos, queijos, sem ter um serviço de Inspeção estadual nem federal. Nos rótulos dos produtos constava alusão a um serviço de Inspeção Municipal. Mas sabemos que em Manaus não existe o serviço”, destacou Leonardo.
O diretor-presidente da Adaf, José Omena, ressalta a importância do serviço de fiscalização da Adaf, que cumpre a tarefa de resguardar a saúde pública. “Seguindo a orientação do governador Wilson Lima, a Adaf intensificou as ações no sentido de trazer estabelecimentos para a legalidade, mas também combater a produção clandestina, que joga no mercado produtos sem procedência e sem a garantia de serem seguros para o consumo”, comentou.
Qualquer cidadão pode encaminhar à Adaf denúncias relacionadas ao processamento de alimentos de origem animal pelos telefones (92) 99138-4073 e (92) 99380-9174.
FOTOS: Divulgação/ Adaf
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