A prefeitura de Parintins (a 365 quilômetros de Manaus) vetou projeto de lei aprovado em 2022 pelos vereadores do município, que autorizava as galeras [torcidas] dos bumbás Caprichoso e Garantido entrar com alimentos e bebidas não alcoólicas para consumo próprio no Bumbódromo nas apresentações do Festival Folclórico.

Os vereadores recuaram e mantiveram o veto na Câmara Municipal de Parintins nesta segunda-feira (27). Bebidas são vendidas dentro do Bumbódromo.

A proposta da vereadora Brenda Dianná (União Brasil) foi aprovada por unanimidade em 17 de outubro do ano passado. A aprovação está na página 3 da ata da reunião. O projeto foi encaminhado para sanção do prefeito Bi Garcia (PSDB), que vetou a proposta.

Na manhã desta segunda-feira, apenas três parlamentares votaram para manter a permissão: Márcia Baranda (MDB), Massilon Medeiros Cursino (Republicanos) e autora, Brenda Dianná.

Babá Tupinambá (PDT) e Telo Pinto (PSDB) estão entre os vereadores que apoiaram o veto do prefeito Bi. Babá é ex-presidente do Caprichoso e havia votado a favor em outubro do ano passado. Pinto presidiu o Garantido e esteve ausente na sessão de 17 de outubro.

A entrada no Bumbódromo é de duas maneiras: ou por ingresso comprado ou de forma gratuita. As pessoas que optam pela gratuidade compõem um dos itens do festival – a Galera.

Os torcedores presentes na arquibancada enfrentam longa jornada sob sol e chuva por mais de 24 horas, desde a formação das filas até o momento da apresentação.

Na justificativa do projeto, Brenda Dianná alega que “essa longa e demorada espera faz com que seja necessário que os torcedores tenham um pouco mais de cuidado com relação a evitar o cansaço e a desidratação que muitas vezes é o motivo pelo qual muitos abandonam o espetáculo antes do fim”.

“Paralelo a isso, uma situação especifica não tem colaborado com o desafio que esses torcedores
enfrentam: os altos valores cobrados pelos produtos comercializados dentro do Bumbódromo somados ao impedimento imposto a eles de não poderem entrar portando qualquer tipo de produto, nem mesmo água”, diz a vereadora em um trecho do projeto.