12/12/2025
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Crime organizado: facções lutam por domínio na Amazônia

facções lutam por domínio na Amazônia
Foto Divulgação

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que grupos criminosos consolidaram domínio nas 27 unidades da federação, exercendo hegemonia em 13 estados e expandindo atuação transnacional e na Amazônia.

Um novo e alarmante cenário da criminalidade no Brasil, revelado por um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) consolidaram um domínio nacional que atinge as 27 unidades da federação, com hegemonia somada em 13 estados.

Nos últimos três anos, essas organizações deixaram de ser restritas ao sistema prisional para operar como corporações transnacionais, focando na diversificação criminal, com destaque para fraudes via celular, que se tornaram uma “engrenagem bilionária do crime organizado” com taxa de impunidade de 97%.

A Amazônia Legal é o principal palco dessa disputa, onde 44,6% da região (344 municípios) registram presença de facções. O Comando Vermelho é quem mais cresceu na área, praticamente dobrando sua presença de 128 para 286 cidades entre 2023 e 2025. O PCC, por sua vez, mantém influência em cerca de 90 municípios, mas controla áreas estratégicas de escoamento.

A pesquisa detalha a consolidação territorial de ambas as facções:

PCC: Mantém hegemonia em sete estados (MS, MG, PR, RO, RR, SP e PI), apoiado por controle de portos e logística estruturada.

CV: Domina seis estados (AC, AM, MT, PA, RJ e TO), sustentado por uma expansão agressiva na Região Norte e o avanço sobre as rotas amazônicas.

Escalada Internacional e Impacto da Violência

O poder de ambas as organizações se estende para o exterior:

PCC: Possui vínculos em, pelo menos, 16 países em quatro continentes, com parcerias que incluem a máfia italiana ‘Ndrangheta.

CV: Expande sua influência pela Colômbia, Peru e Bolívia, focado na disputa pela Amazônia.

O estudo indica que as dez cidades mais violentas do país são palcos diretos dessa disputa entre facções, com a violência extrema concentrada no Nordeste, especialmente na Bahia.

Alto custo do combate e mudança no modus operandi

O levantamento ressalta ainda que o custo da presença do Estado é desigual: uma operação de policiamento em áreas ribeirinhas da Amazônia chega a ser 25 vezes mais cara que no Sudeste, ampliando o desequilíbrio territorial e favorecendo a ocupação criminosa.


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