A sessão especial contou com a presença de 35 vereadores, enquanto outros cinco faltaram sem apresentar justificativa.

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou o orçamento da Prefeitura para 2026, estimado em R$ 12 bilhões. O texto segue agora para sanção do prefeito David Almeida (Avante). O valor representa um aumento de 14,6% em relação ao orçamento de 2025, que foi de R$ 10,5 bilhões.

A sessão especial contou com a presença de 35 vereadores, enquanto outros cinco faltaram sem apresentar justificativa. Durante a votação, parlamentares da oposição criticaram a distribuição dos recursos entre as secretarias, alegando que algumas áreas receberam valores desproporcionais.

Críticas da oposição

O vereador Rodrigo Guedes (Podemos) classificou como “irregular” a divisão dos recursos e questionou a prioridade dada a determinadas pastas.

“A Secretaria de Comunicação vai receber muito mais que outras áreas essenciais. Qual é a prioridade da cidade?”, afirmou Guedes.

Defesa do governo municipal

Já o líder do prefeito na Câmara, o vereador Eduardo Alfaia (Avante), defendeu a proposta aprovada e afirmou que o orçamento contempla todas as áreas estratégicas da administração municipal.

“Há destinação específica para assistência social, educação, saúde, infraestrutura, mobilidade urbana e saneamento. Todas as áreas estão contempladas. A peça orçamentária já chega à Casa incluindo todas as áreas que são obrigação e responsabilidade do município”, destacou.

Alfaia também ressaltou que o prefeito terá margem prevista para remanejamento de recursos, o que, segundo ele, garante resposta a situações emergenciais ao longo do ano.

Áreas com maior investimento

De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças (Semef), três áreas concentram as maiores fatias do orçamento de 2026:

• Educação: R$ 3,2 bilhões (26,8%)
• Saúde: R$ 1,89 bilhão (15,8%)
• Urbanismo (mobilidade, saneamento e pavimentação): R$ 2,08 bilhões (17,3%)

O orçamento municipal vem apresentando crescimento desde 2021, com exceção de 2024, quando houve uma queda de 4,2%.