Lideranças afirmam que categoria enfrenta crise estrutural e ameaçam mobilização nacional caso não haja retorno do governo.
Lideranças do Movimento Nacional dos Caminhoneiros entregaram nesta terça-feira, 2, um documento com 18 demandas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião no Palácio do Planalto.
O texto aponta que a categoria vive “desafios estruturais” que, segundo os representantes, colocam em risco a continuidade da atividade no país.
De acordo com o documento, obtido com exclusividade pela coluna que revelou o encontro, os caminhoneiros afirmam enfrentar aumento expressivo nos custos operacionais, insegurança econômica contínua e ausência de políticas públicas de longo prazo que tragam estabilidade ao setor.
As lideranças destacam que o transporte rodoviário permanece como pilar essencial da logística nacional, mas que o governo precisa agir para evitar um cenário de colapso.
Entre os itens listados, estão reivindicações relacionadas ao preço do diesel, condições de frete, segurança nas estradas, linhas de crédito específicas, melhoria da infraestrutura rodoviária e criação de programas permanentes de apoio ao transporte de cargas.
O documento menciona ainda a necessidade de aprimorar o diálogo com o governo federal para garantir previsibilidade e transparência nas decisões que afetam diretamente a categoria.
“Solicitamos resposta até 4 de dezembro de 2025, data prevista para a mobilização nacional organizada pela classe”, afirmam os caminhoneiros no texto. A referência à possível mobilização indica que a categoria pode convocar atos em escala nacional caso o Planalto não apresente respostas ou medidas concretas dentro do prazo.
Nos bastidores, integrantes do movimento afirmam que o objetivo não é promover paralisações imediatas, mas garantir que o governo se comprometa com pautas consideradas urgentes.
O Planalto ainda não confirmou publicamente se dará retorno dentro do período estabelecido, mas interlocutores afirmam que o material será analisado pelos ministérios responsáveis.
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