A criança foi encontrada dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra, em uma cova rasa.
A viagem que deveria representar uma reaproximação entre pai e filho terminou em tragédia. O menino Arthur Davi, de 11 anos, que era autista e tinha deficiência visual, foi morto por asfixia pelo próprio pai, Davi Piazza Pinto, que confessou o crime após se entregar à polícia em Santa Catarina, na segunda-feira (3).
O caso chocou o país pela brutalidade e pela frieza com que foi conduzido. Segundo as investigações, Davi mora em Florianópolis e viajou até João Pessoa, na Paraíba, com a justificativa de passar um tempo com o filho e tentar restabelecer o vínculo familiar. O garoto morava com a mãe, que está em um novo relacionamento.
De acordo com o delegado Bruno Germano, o pai combinou de encontrar a criança na quinta-feira (30), no bairro Manaíra, zona leste da capital paraibana. No dia seguinte, a mãe autorizou que o menino ficasse com ele por algumas horas. Desde então, Arthur desapareceu.
Durante todo o dia, a mãe tentou contato com Davi, que respondeu de forma vaga e disse que o filho estava bem. “Ela começou a estranhar porque ele não enviava fotos, não atendia as ligações e mudava de assunto nas mensagens”, relatou o delegado.
O corpo de Arthur Davi foi localizado na noite de sábado (1º), em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, zona sul de João Pessoa. O menino estava dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra, em uma cova rasa, próximo a uma antiga fábrica abandonada.
Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia por sufocamento. Exames complementares, como o toxicológico, ainda estão em andamento, mas a principal linha de investigação confirma que o crime foi cometido logo após o encontro entre pai e filho.
O delegado Bruno Germano detalhou que o pai ligou para a mãe no domingo (2), arrependido, confessando o assassinato e indicando o local onde havia ocultado o corpo. “Ele disse que estava desesperado e que não sabia explicar o que o levou a fazer aquilo. Após a ligação, se apresentou espontaneamente na delegacia de Florianópolis”, afirmou.
A polícia acredita que Davi planejou parcialmente o crime, já que teria reservado tempo e meios para ocultar o corpo antes de retornar ao estado de origem.
A mãe da vítima está em estado de choque e tem recebido apoio psicológico.
Descubra mais sobre Manaustime
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
