15/11/2025
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Moraes vai pessoalmente ao Rio ouvir Cláudio Castro sobre megaoperação que deixou 121 mortos

Moraes vai pessoalmente ao Rio ouvir Cláudio Castro
ministro Alexandre de Moraes

Ministro do STF conduzirá audiência no Centro Integrado de Comando e Controle; governadores e procuradores também serão ouvidos.

ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai pessoalmente ao Rio de Janeiro na próxima segunda-feira, 3 de novembro, para ouvir o governador Cláudio Castro (PL) e autoridades estaduais sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos e 113 presos.

A audiência foi marcada após pedido do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e ocorre no âmbito da ADPF das Favelas (ADPF 635), ação que monitora a letalidade policial no Rio de Janeiro.

Segundo o STF, Moraes quer que Castro explique, ponto a ponto, como foi planejada e executada a operação considerada a mais letal da história do país. O ministro vai conduzir as oitivas no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Polícia Militar, no Centro do Rio.

Programação das audiências

  • 11h – Governador Cláudio Castro, secretário de Segurança, comandante da PM, delegado-geral da Polícia Civil e diretor da Polícia Técnico-Científica;
  • 13h30 – Presidente do Tribunal de Justiça do RJ;
  • 15h – Procurador-geral de Justiça do RJ;
  • 16h30 – Defensor público-geral do estado.

Na decisão, Moraes determinou que o governo fluminense apresente relatório detalhado da operação, incluindo:

  • número de agentes e armas utilizadas;
  • justificativas formais para o uso da força;
  • ações para responsabilização em caso de abusos;
  • medidas de assistência às vítimas;
  • uso de câmeras corporais e nas viaturas;
  • plano de prevenção à repetição de episódios de letalidade policial.

Contexto da ADPF das Favelas

A audiência integra as ações de acompanhamento da ADPF 635, decisão do STF que estabelece diretrizes para reduzir mortes em operações policiais no Rio. O caso estava sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, mas passou para Alexandre de Moraes após a aposentadoria de Barroso.

Entre as medidas da ADPF estão:

  • obrigação de gravações corporais e em viaturas;
  • autópsia obrigatória em mortes por intervenção policial;
  • prazo de 60 dias para conclusão de inquéritos;
  • restrições a operações próximas a escolas e hospitais;
  • fortalecimento da transparência e controle externo sobre ações policiais.

O CNDH alegou que, mesmo com as restrições do STF, a Operação Contenção foi realizada de forma “desproporcional”, resultando em grande número de mortes e feridos, além de denúncias de execuções e abusos.

Com o caso em destaque nacional e pressão de entidades de direitos humanos, Moraes decidiu acompanhar pessoalmente as apurações.

“O objetivo é garantir que as determinações da Corte sejam respeitadas e que haja total transparência na apuração das mortes”, afirmou o ministro em despacho.


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